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sábado, 18 outubro, 2025
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Prejuízo dos Correios é uma violência contra cofres públicos, diz Thais Herédia

Por Alexandre Gomes

Com estrutura inchada e modelo de negócios desatualizado, os Correios não demonstraram avanços significativos, afirma Thais Herédia

O prejuízo ligado à estatal Correios é uma “violência contra os cofres públicos “e questiona o modelo de negócios da companhia. A análise é de Thais Herédia durante o Fechamento de Mercado.

“É uma violência contra os cofres públicos, conta dinheiro dos contribuintes porque, no final das contas, o que está em discussão aqui é qual é o modelo de negócios. Qual foi a decisão que os governos deixaram de tomar esses anos todos, especialmente da pandemia pra cá, que provocaram esse prejuízo?”, questionou a analista.

“Não é possível que seja culpa da taxa das blusinhas, o que está errado no modelo de negócios?”, prosseguiu.

Os Correios acumularam um prejuízo de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, levantando questionamentos sobre a eficiência e sustentabilidade da empresa estatal.

O resultado negativo demandará uma injeção de R$ 20 bilhões dos cofres públicos para equilibrar as contas da companhia.

A situação da empresa não é recente. Desde 2010, os Correios registraram prejuízos em diversos anos, incluindo 2013, 2014, 2015, 2016, 2022, 2023 e 2024, evidenciando um padrão preocupante de resultados negativos.

A analista de economia da CNN Brasil acrescentou que os Correios são hoje uma empresa “extremamente inchada”, que conta com um modelo de negócios ultrapassado, e que continuou, ou acelerou, “decisões equivocadas”.

“Qual o modelo de negócios dos Correios? Como ele investiu, como é que a empresa olhou para inovação, digitalização, agregação de serviços, aproveitamento da sua infraestrutura de uma outra forma, não há sinal de que isso aconteceu. Ao contrário, o prejuízo que nós estamos vendo aqui, vocês viram pelos números o que aconteceu nesses últimos três anos, não tem uma explicação só”.

A empresa enfrenta desafios significativos relacionados à falta de inovação e modernização. Com uma estrutura considerada inchada e um modelo de negócios desatualizado, os Correios não demonstraram avanços significativos em áreas como digitalização e agregação de novos serviços.

O monopólio postal, tradicionalmente principal atividade da empresa, perdeu relevância com a revolução digital e o crescimento do comércio eletrônico. Grandes empresas do varejo desenvolveram suas próprias redes de distribuição, reduzindo a dependência dos serviços postais tradicionais.

Possíveis soluções

Especialistas apontam que a infraestrutura dos Correios possui potencial para ser reaproveitada em diversos setores, incluindo serviços financeiros. No entanto, alertam que a janela de oportunidade para uma possível privatização está se fechando, especialmente no setor de postagens.

A discussão sobre o futuro dos Correios exige uma análise técnica e pragmática, considerando aspectos como a universalidade do serviço e o atendimento em regiões remotas do país. O desafio está em encontrar um modelo que garanta eficiência operacional sem comprometer o acesso aos serviços essenciais.

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