A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda destacou em relatório que o crescimento econômico de 2024, considerando os dados até o terceiro trimestre, não foi impulsionado por gastos públicos. O documento aponta que a política fiscal adotada pelo governo foi contracionista.
De acordo com a SPE, o governo optou por uma política de consolidação fiscal em 2024, mesmo em um cenário que poderia justificar uma abordagem expansionista, considerando o ciclo econômico. O relatório, que avalia o resultado fiscal estrutural sem fatores extraordinários, sugere que, após uma política expansionista em 2023, houve um movimento claro de ajuste fiscal no ano seguinte.
Os resultados preliminares indicam que o resultado fiscal estrutural do governo central em 2024 apresentou melhora de 0,84 ponto percentual do PIB potencial em relação a 2023, corrigindo 71% da deterioração estrutural registrada no ano anterior.
A SPE apontou que, embora uma política fiscal expansionista fosse justificável devido ao hiato negativo do PIB no final de 2023, a escolha foi por uma abordagem pró-consolidação estrutural, considerada essencial para reverter os impactos fiscais da PEC da Transição.
O crescimento econômico observado em 2024, segundo o relatório, foi impulsionado por fatores externos à política fiscal, já que o impulso fiscal adotado foi contracionista.
Uma coletiva de imprensa será realizada pela SPE na manhã de terça-feira (7) para detalhar os resultados apresentados no relatório e esclarecer os impactos das medidas fiscais no cenário econômico.