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domingo, 24 novembro, 2024
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Polícia Federal mira rede de lavagem de dinheiro com operação contra bancos digitais ilegais

Por Marina B.

Na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal desencadeou uma operação para desmantelar uma organização criminosa envolvida em crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro através de bancos digitais não autorizados pelo Banco Central. A operação também visa instituições financeiras oficiais, incluindo o Banco Bonsucesso e o Banco Rendimento, além das fintechs T 10 Bank e Fintex.

Foram expedidos dez mandados de prisão preventiva, sete mandados de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão pela 9ª Vara Federal em Campinas, abrangendo os estados de São Paulo e Minas Gerais. A operação contou com a participação de 200 policiais federais.

Entre as medidas judiciais, estão a suspensão das atividades de 194 empresas usadas pela organização criminosa para ocultar transações, a suspensão da inscrição de dois advogados na OAB, a suspensão do registro de contabilidade de quatro contadores e o bloqueio de 850 milhões de reais em contas vinculadas à organização.

As buscas incluem as sedes dos bancos que hospedaram as fintechs ilegais e que não reportaram transações suspeitas ao Coaf, assim como as instituições que administram cartões de crédito.

A investigação revelou que a organização operava por meio de dois bancos digitais que ofereciam contas clandestinas, permitindo transações ocultas dentro do sistema bancário oficial. Essas contas foram usadas por facções criminosas e empresas com dívidas trabalhistas e tributárias.

De acordo com a PF, as contas desses dois bancos digitais movimentaram 7,5 bilhões de reais e foram descritas como “invisíveis” ao sistema financeiro, blindadas contra ordens de bloqueio, penhora e rastreamento. Elas funcionavam por meio de contas bolsões, sem conexão entre remetentes e destinatários e sem vínculo com os bancos de hospedagem.

A Federação Brasileira de Bancos havia denunciado o caso ao Ministério Público Federal, que incluiu a denúncia no inquérito policial.

Além dos bolsões de contas, a organização também usou máquinas de cartão de crédito em nome de empresas de fachada para lavar dinheiro e realizar pagamentos ilícitos de forma encoberta.

“A investigação alcançou todos os envolvidos nas atividades ilícitas da organização, desde os líderes do esquema até aqueles que forneciam apoio logístico”, afirmou a PF.

A Secretaria da Receita Federal do Brasil, com autorização judicial, iniciou medidas fiscais durante as buscas nas sedes das pessoas jurídicas investigadas.

Os acusados poderão enfrentar charges relacionadas à gestão fraudulenta de instituições financeiras, operação de instituições não autorizadas, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.

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