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sábado, 22 março, 2025
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Planejamento não apresentará 1º relatório bimestral, dizem fontes

Por Alexandre Gomes

Divulgação, mas em função do atraso na aprovação do Orçamento, houve debate jurídico interno no ministério sobre suspensão da publicação

Mesmo com o Orçamento de 2025 finalmente pelo Congresso Nacional, o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) optou por não apresentar o primeiro relatório bimestral de receitas e despesas do ano, marcado para o dia 22 de março.

A informação foi confirmada pela CNN por fontes envolvidas na decisão em Brasília.

A divulgação do relatório é obrigatória, mas em função do atraso na aprovação do Orçamento, houve um debate jurídico interno no ministério sobre a suspensão da publicação.

Segundo fontes disseram ao blog, o MPO vai apresentar a justificativa da suspensão nesta sexta-feira (21).

A ideia é publicar ainda um decreto provisório com regras mais rigorosas para execução das despesas até junho, data da publicação do segundo relatório bimestral.

Pelo decreto, o governo não pode anunciar contingenciamento ou bloqueio de despesas, mas as regras de execução dos gastos mais rígidas teriam o mesmo efeito, como explicaram fontes da equipe econômica.

Segundo especialistas consultados pelo blog, o adiamento do relatório não deve ser considerado um problema, mas adiciona elementos de incerteza sobre a gestão do orçamento ao longo do ano e os impactos na dívida pública.

Cálculos feitos por esses analistas apontam uma pressão de cerca de R$ 33 bilhões nas despesas obrigatórias em função do reajuste real do salário mínimo e seus efeitos sobre gastos com previdência e benefícios sociais.

A expectativa pelo relatório bimestral se dá exatamente em função da necessidade de acomodação dessas despesas que consomem espaço dos gastos discricionários do orçamento federal.

A lei orçamentária aprovada pelo Congresso sofreu modificações relevantes nesse equilíbrio entre receitas e despesas, gerando até um inesperado superávit de R$ 15 bilhões esperado para o ano.

O decreto que deverá ser apresentado pelo Planejamento nesta sexta-feira tem também objetivo de sinalizar ao mercado que o governo está atento e quer dar uma resposta consistente, ainda neste primeiro semestre, sobre como vai conduzir as contas públicas neste ano.

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