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sexta-feira, 22 novembro, 2024
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Picanha sobe 15% de um ano pra outro e deve encarecer churrasco no Natal, aponta Fipe

Por Alexandre Gomes

Carnes puxam alta de itens considerados pela Fipe como comuns na mesa do brasileiro no Natal; demais cortes subiram ainda mais que a picanha

Quem está planejando fazer um churrasco com a família nas festas de fim de ano precisa preparar o bolso: a carne encareceu desde o ano passado, e deverá ajudar a aumentar os gastos do Natal como um todo em 2024, apontam dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgados nesta semana.

Segundo a prévia do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe (IPC-Fipe), só a picanha subiu 14,94% em novembro deste ano, em relação a dezembro do ano passado.

Outros cortes experimentaram altas ainda maiores, como são os casos do filé mignon, que subiu 16,87%, e o pernil com osso, que ficou 17,80% mais caro no período. Já o lombo de porco experimentou alta de 19,72%, a maior entre os cortes de carne identificados no levantamento.

Segundo Guilherme Moreira, coordenador da pesquisa, mesmo com a sazonalidade normal, que já gera uma variação positiva nos preços, o clima foi um fator de maior peso neste ano para o aumento dos preços das carnes.

“Os eventos climáticos de setembro e outubro, especialmente um setembro muito mais seco do que o normal, com diversas queimadas, prejudicaram a produtividade do campo e isso afetou fortemente os preços das carnes”, diz o pesquisador.

O lombo de porco é a única carne que aparece na lista do que a Fipe considera a “Cesta de Natal”, que subiu 9,16% no período. As demais, incluindo a picanha, são consideradas “Itens de Natal”, caracterizados por produtos que têm presença comum nas mesas dos brasileiros nessa época do ano.

Nessa segunda lista, as carnes puxaram os ganhos, com o chester também aparecendo com alta de 10,92% nos preços. Mas também tiveram destaque o pêssego e o morango, que subiram 13,79% e 12,02%, respectivamente.

Já no que a Fipe lista como “Cesta de Natal”, o item que mais encareceu foi o azeite de oliva, com alta de 21,30% na janela de tempo analisada. O suco de laranja foi outro que também avançou: em novembro, está 16,19% mais caro do que em dezembro no ano passado.

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