No dia 12 de abril, a defasagem de preços da gasolina nas refinarias da Petrobras atingiu seu ápice neste ano, chegando a 21% abaixo dos preços praticados no Golfo do México, onde residem as refinarias norte-americanas, conforme relatado pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
Além do aumento do preço do petróleo no mercado global, a valorização do dólar em relação ao real tem contribuído para o aumento da disparidade de preços no mercado doméstico.
Para equalizar os preços em consonância com o mercado internacional, a Petrobras poderia considerar um aumento de R$ 0,74 por litro de gasolina, de acordo com a entidade.
Quanto ao diesel, a defasagem nas refinarias da estatal é de 12%, permitindo um aumento de R$ 0,48 por litro.
A Petrobras não ajusta os preços da gasolina há 178 dias e não altera o preço do diesel há 111 dias.
Por outro lado, na Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, uma subsidiária do fundo de investimento árabe Mubadala no Brasil, os reajustes semanais são aplicados em ambos os combustíveis. Neste cenário, a defasagem do preço da gasolina é de 9% e do diesel, 8%, se não gundo informações da Abicom. Na última quarta-feira, a Acelen aumentou o preço da gasolina em R$ 0,076 por litro.
No que diz respeito à importação, os importadores enfrentam 70 dias de janelas fechadas para a gasolina e 111 dias para o diesel.