Nesta terça-feira, a Polícia Federal lançou a Operação Niflheim para desmantelar três grupos criminosos envolvidos no mercado de criptoativos, suspeitos de lavagem de dinheiro e envio de divisas para o exterior, com principais destinos nos Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes e China.
A operação, que conta com o apoio da Receita Federal, mobilizou 130 policiais federais e 20 servidores do fisco. Foram cumpridos 8 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em Caxias do Sul (RS), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Brasília (DF). A Justiça Federal também ordenou o bloqueio de mais de 9 bilhões de reais em contas bancárias e criptomoedas dos investigados, além da apreensão de veículos e imóveis.
“A investigação, iniciada em setembro de 2021, revelou que os grupos criminosos operavam por meio de diversas camadas de operações financeiras. Utilizando empresas de fachada e outros métodos, os grupos dificultavam o rastreamento do dinheiro ilícito, oriundo principalmente de tráfico de drogas e contrabando”, informou a PF.
Os suspeitos recebiam os valores e os transferiam para o exterior utilizando criptoativos. Desde o início da investigação, os grupos movimentaram mais de 55 bilhões de reais.
Os três grupos alvo da operação atuam de maneira coordenada e mantêm vínculos entre si. Dependendo das evidências coletadas, podem ser considerados como uma única organização criminosa. Os líderes dos grupos operam a partir de Caxias do Sul (RS) e Orlando (EUA).
Os crimes investigados incluem lavagem ou ocultação de bens, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária.