Quase metade da população adulta tem contas atrasadas
O número de brasileiros com contas em atraso chegou a mais de 71,7 milhões em agosto de 2025, o que representa cerca 43% da população adulta. Os dados são do Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas, divulgado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Na comparação com agosto de 2024, houve aumento de 9%. Em relação a julho deste ano, a variação foi de 0,7%. O tempo médio de atraso nas dívidas é de 28 meses, o equivalente a 2,4 anos.
Segundo o levantamento, as dívidas com três a quatro anos de atraso registraram a maior alta, de quase 40%. Já as pendências entre um e três anos representam a maior fatia dos inadimplentes, com 36%.
Dívidas antigas puxam inadimplência
A Região Centro-Oeste teve a maior alta anual de inadimplentes, com 9,1%, seguida por Sudeste (8,6%), Norte (8%), Nordeste (7,6%) e Sul (5,3%). O Sudeste concentra 30 milhões de pessoas negativadas, enquanto o Centro-Oeste lidera em proporção, com 46% da população adulta.
A faixa etária de 30 a 39 anos concentra 17,6 milhões de inadimplentes, o que equivale a 52% desse grupo. A idade média do devedor é de 44 anos. A divisão por gênero é equilibrada: 51,1% de mulheres e 48,8% de homens.
O número total de dívidas em atraso no Brasil cresceu cerca de 16% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2024 e 1,4% em relação a julho de 2025. O valor médio devido por consumidor negativado foi de R$ 4,7 mil.
Cerca de 30% dos inadimplentes têm dívidas de até R$ 500. O setor bancário concentra a maior parte das pendências, com 66% do total, seguido por contas de água e luz (10%), comércio (9%) e outros segmentos (8%).