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sexta-feira, 12 dezembro, 2025
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Mesmo com a Black Friday, varejo registra queda de 1,6% em novembro

Por Alexandre Gomes

As vendas do comércio brasileiro registraram queda de 1,6% em novembro, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS). Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve retração de 3,7%.

O estudo, que acompanha mensalmente a movimentação do varejo no país, é uma iniciativa da empresa de pagamentos eletrônicos Stone.

Para Rômullo Carvalho, economista e pesquisador da Stone, os números mostram que nem mesmo a principal data do varejo foi capaz de reverter a tendência de desaceleração observada ao longo do ano.

“Mesmo em um mês marcado pela Black Friday, tradicional alavanca de vendas, o varejo não conseguiu sustentar o crescimento. Houve uma resposta pontual no setor de móveis e eletrodomésticos, que registrou o maior avanço entre os demais segmentos (1%). Quando observamos a comparação anual, por exemplo, o varejo como um todo apresentou retração de 3,7%, refletindo um nível de atividade inferior ao observado na Black November do ano passado”, avalia o especialista.

Desaceleração do varejo é provocada por cenário econômico das famílias

Segundo o especialista, a explicação para esse freio vai além da sazonalidade e encontra raízes no cenário econômico das famílias.

“A leitura de novembro aponta ainda que a força do mercado de trabalho e da massa de renda encontrou um teto. Embora o emprego siga aquecido, sustentando o consumo básico, os freios macroeconômicos, especialmente o alto endividamento das famílias e o custo do crédito, pesaram mais na decisão de compra”, finaliza Carvalho.

No recorte mensal, três dos oito segmentos analisados registraram alta. O destaque foi o setor de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 1%, seguido por tecidos, vestuário e calçados (0,3%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%).

Entre os setores com retração, tiveram queda material de construção (3,2%), combustíveis e lubrificantes e livros, jornais, revistas e papelaria (2,7%), artigos farmacêuticos (1,8%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,9%).

No comparativo anual, nenhum segmento apresentou alta. Todos os setores registraram queda, com destaque para combustíveis e lubrificantes (6,7%), móveis e eletrodomésticos (5,1%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4%), material de construção (2,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (2%), livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%), artigos farmacêuticos (1,5%) e tecidos, vestuário e calçados (0,6%).

No recorte regional, apenas seis estados apresentaram crescimento nas vendas em novembro, na comparação anual. Os maiores avanços foram observados na Paraíba (5,2%), seguida por São Paulo (1,7%), Sergipe (0,8%), Amapá (1%), Distrito Federal e Piauí (0,5%) .

Entre os Estados com retração nas vendas, os piores resultados foram registrados em Roraima (7,9%), Tocantins (7,8%), Rondônia (7,5%), Rio Grande do Norte (6,9%), Mato Grosso do Sul (6,6%), Rio Grande do Sul (6,3%), Ceará (6,2%), Maranhão (5,7%), Bahia e Santa Catarina (4,3%), Pernambuco (3,6%), Goiás (3,4%), Paraná (3%), Mato Grosso (2,9%), Rio de Janeiro (2,7%), Minas Gerais (2,6%), Pará, Amazonas e Espírito Santo (1,8%), Acre (1,6%), Alagoas (1,3%) e Piauí (1%).

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