Enquanto o país cobra ação real, Planalto investe pesado em marketing para reagir à pressão política
Em meio à forte repercussão da Operação Contenção, que enfrentou o Comando Vermelho (CV) e contou com amplo apoio popular no Rio de Janeiro, o governo Lula (PT) gastou mais de R$ 500 mil em apenas quatro dias com publicações nas redes sociais para tentar melhorar sua imagem no tema da segurança pública.
Os dados, divulgados pela própria Meta (empresa dona do Facebook e Instagram), mostram que o valor foi usado para impulsionar três postagens oficiais — uma defendendo a PEC da Segurança, outra promovendo o projeto antifacção, e uma terceira com críticas indiretas à operação conduzida pelo governo Cláudio Castro (PL).
O gasto aconteceu logo após a megaoperação no Rio, que deixou 121 mortos e reacendeu o debate nacional sobre o avanço das facções criminosas. A direita, liderada por nomes como Cláudio Castro, Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro, saiu em defesa das forças policiais, enquanto o governo federal preferiu investir em propaganda digital em vez de ações concretas.
Nos vídeos, o Planalto afirma que “matar criminosos não é a solução” e que é preciso “mirar na cabeça, mas não de pessoas”, em uma clara tentativa de desqualificar o enfrentamento direto das forças de segurança estaduais.
Críticos apontam que o gasto expressivo revela prioridades distorcidas de um governo mais preocupado com a narrativa e a autopromoção do que com o apoio efetivo às polícias que enfrentam o crime nas ruas.