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segunda-feira, 14 outubro, 2024
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Lucros estatais em queda: O que está por trás do declínio bilionário das gigantes brasileiras?

Por Alexandre G.

As principais empresas estatais do Brasil, incluindo Petrobras, Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal e Correios, alcançaram um lucro líquido combinado de R$ 182 bilhões em 2023, refletindo uma queda de 24% em comparação com o ano anterior.

Segundo informações da Folha de S.Paulo, esse desempenho no primeiro ano do governo Lula (PT) é principalmente atribuído à redução do lucro da Petrobras, que registrou uma queda de 33% em relação a 2022 (totalizando R$ 124,6 bilhões). O BNDES também apresentou uma diminuição, com um resultado 5% menor no ano passado (atingindo R$ 11,9 bilhões).

Por outro lado, tanto o Banco do Brasil quanto a Caixa Econômica Federal obtiveram melhores resultados em 2023. No caso do Banco do Brasil, houve um aumento de 11,3% (chegando a R$ 35,5 bilhões). Já a Caixa registrou um crescimento de 15,5% (totalizando R$ 10,6 bilhões).

As razões por trás dos resultados das empresas estatais, que direcionam parte de seus lucros ao Tesouro Nacional por meio de dividendos, são diversas. No caso da Petrobras, a gestão da empresa atribui a queda à desvalorização do petróleo no mercado internacional. O barril do tipo Brent sofreu uma redução de 18% em 2023 em comparação com 2022.

A empresa afirma que seu resultado foi afetado por margens de lucro menores na venda de derivados e por um aumento nas despesas operacionais. A redução no lucro segue uma tendência observada em grandes petrolíferas ao redor do mundo, que também viram uma diminuição nos lucros.

Quanto ao BNDES, a gestão explica que a comparação com 2022 foi impactada pela venda de ações naquele ano, algo que não ocorreu em 2023.

O BNDES buscou se desvincular de ações de várias empresas, como Petrobras e Vale, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) — uma diretriz oposta à do governo Lula, que já indicou querer aumentar a participação do banco como acionista de empresas.

Alexandre Abreu, diretor financeiro do BNDES, afirma que a atual gestão optou por não vender ações por não considerar o momento propício. Segundo ele, isso beneficiou a instituição.

“O fato de não termos feito a venda fez com que as ações se valorizassem, e tivemos vantagens em mantê-las. Se tivéssemos vendido, teríamos perdido”, afirma.

Segundo ele, a atual administração do banco também teve que lidar com um caixa menor devido às devoluções antecipadas de recursos ao Tesouro Nacional — que, só em 2022, superaram R$ 70 bilhões.

Em relação aos próximos períodos, a diretoria do BNDES declarou que ainda é cedo para fazer estimativas de resultados. No entanto, planeja aumentar o volume de desembolsos, mantendo a segurança e os indicadores de saúde financeira atualizados.

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