Confira os temas que devem mexer com os mercados nesta quinta-feira (26)
Com uma agenda econômica relativamente vazia, as atenções dos mercados estão voltadas para uma nova intervenção do Banco Central (BC) no câmbio nesta quinta-feira (26), visando apoiar o real em meio à desvalorização causada por preocupações sobre a sustentabilidade da dívida do país. A autoridade monetária anunciou que leiloará até US$ 3 bilhões no mercado à vista hoje. O real se desvalorizou 1,7% na segunda-feira (23), liderando as perdas entre as moedas de mercados emergentes.
O BC tem atuado quase todos os dias na última semana, seja com vendas spot ou leilões de linhas de crédito, para tentar atender à alta demanda por dólares. Até agora, foram gastos cerca de US$ 17 bilhões em vendas.
Ainda na seara nacional, o Tesouro concederá coletiva de imprensa sobre a dívida pública em novembro.
Nos EUA, os investidores aguardam os dados de pedidos de auxílio-desemprego semanal. O consenso LSEG prevê 224 mil solicitações no período.
O que vai mexer com o mercado nesta segunda:
Agenda
Brasil
8h – Confiança da indústria
14h30 – Fluxo Cambial
14h30 – Relatório da dívida pública de novembro
14h30 – Tesouro concede coletiva sobre dívida pública
EUA
10h30 – Pedidos de auxílio-desemprego
Internacional
Embaixador no Panamá
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou o comissário do condado de Miami-Dade, Kevin Marino Cabrera, para o cargo de embaixador no Panamá.
Economia
Dólar com cotação errada no Google
A Advocacia Geral da União (AGU) pedirá informações ao Banco Central nesta quinta sobre a cotação do dólar depois que o site de buscas Google exibiu durante todo o dia o valor errado da moeda em relação ao dólar na quarta-feira de Natal.
Leilões de saneamento
Os leilões de concessões de serviços de água e esgoto previstos para 2025 têm o potencial de atrair R$ 69 bilhões em novos investimentos em 13 Estados brasileiros, de acordo com informações da Abcon (Associação Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto) e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Política
Segurança Pública
O decreto do Ministério da Justiça sobre o uso da força por policiais em todo o país intensificou as tensões entre o governo federal e governadores de oposição na área de segurança pública. Publicado na última terça-feira, o decreto estabelece que o uso da força e de armas de fogo deve ocorrer apenas como último recurso. A medida foi criticada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), pelo de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e pelo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). As informações são do jornal O Globo.
As críticas dos governadores concentram-se nos repasses financeiros aos estados. Embora as medidas previstas no decreto não sejam obrigatórias, elas serão condicionantes para o acesso a recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), especialmente para a aquisição de equipamentos. Com isso, o governo busca garantir a implementação das normas pelos 27 entes federativos.