Nesta quinta-feira, 25, a 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte homologou o plano de recuperação judicial do Grupo Coteminas e de suas empresas afiliadas, incluindo MMartan e Santista.
Antes de aprovar o pedido de recuperação judicial, a corte revisou as previsões do plano inicial. “Isso demonstra que as empresas têm a capacidade técnica e econômica para se reorganizar e cumprir o plano de recuperação”, afirma Bernardo Bicalho, advogado do Grupo Coteminas. “O objetivo é assegurar a continuidade das operações, manter os empregos e proteger os interesses dos credores.”
O juiz Adilon Cláver de Resende, que está conduzindo o caso, nomeou dois administradores judiciais para supervisionar o processo de forma conjunta. Os nomes escolhidos foram Inocêncio de Paula Sociedade de Advogados, representada por Dídimo Inocêncio de Paula, e Credibilita Administração Judicial e Serviços Ltda., representada por Alexandre Correa Nasser de Melo.
O passivo do grupo ultrapassa 2 bilhões de reais e envolve milhares de credores. “Dada a complexidade do processo de recuperação judicial, o juiz optou por designar mais de um administrador judicial”, explica Bicalho.
A partir deste momento, as empresas devedoras deverão apresentar relatórios financeiros mensais durante o período de recuperação. O plano de Recuperação Judicial deverá ser apresentado em até 60 dias, sob risco de falência. Também será publicado um edital para que os credores, dentro de um prazo de 15 dias, informem quaisquer créditos pendentes. As ações e execuções contra as devedoras estão suspensas por 180 dias.
