O aumento no primeiro mês do ano foi impulsionado principalmente pela alta de 1,38% no grupo de alimentação e bebidas, que tem o maior peso no indicador, contribuindo com 0,29 ponto percentual no índice total. André Almeida, gerente da pesquisa, atribui esse aumento aos impactos do clima quente e chuvas intensas em várias regiões produtoras do país. Esta foi a maior alta de alimentos para o mês de janeiro desde 2016, registrando 2,28%.
Os preços dos alimentos em domicílio também aumentaram (1,81%), especialmente de cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%).
Por outro lado, o grupo de transportes, o segundo com maior peso no IPCA, registrou uma deflação de 0,65% no mês, com destaque para a queda de 15,22% nas passagens aéreas, que vinham subindo nos últimos meses de 2023. Porém isso não foi observado. As passagens aéreas continuam subindo.
Na saúde e cuidados pessoais, houve um aumento de 0,83%, com destaque para higiene pessoal (0,94%) e plano de saúde (0,76%).
No grupo de habitação, a alta foi de 0,25%, impulsionada pelo aumento nos preços da taxa de água e esgoto (0,83%) e do gás encanado (0,22%).
Por fim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve um aumento de 0,57% em janeiro, com destaque para a alta de 1,51% nos produtos alimentícios.