Segundo a FGV, o resultado foi pressionado pela elevação dos preços das commodities agrícolas
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,21% em setembro, ante elevação de 0,16% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, com o indicador registrando uma elevação menor do que a expectativa apurada em pesquisa Reuters, de aumento de 0,34% <BRIGPT=ECI>.
O IGP-10 acumula agora alta de 2,88% em 12 meses e queda de 1,06% no ano de 2025, de acordo com a FGV.
A aceleração do IGP-10 em relação a agosto se deveu ao aumento do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), ao passo que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) registrou queda.
“As principais contribuições positivas vieram de produtos agropecuários, que tendem a antecipar repasses para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC)”, disse o economista do FGV Ibre André Braz.
“O IPC, por sua vez, desacelerou, com influência de alimentos, serviços — como ingressos de cinema e passagens aéreas — e de preços administrados, como a gasolina”, acrescentou.
O IPA-10, que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, subiu 0,27%, ante elevação de 0,06% em agosto, com destaque para o café em grão, que teve alta de 22,37%, mais do que revertendo a queda de 10,40% no mês anterior.
Já o IPC-10, que responde por 30% do índice geral, teve queda de 0,13%, revertendo a alta de 0,18% registrada em agosto, com cinco das oito classes de despesas que compõem o índice apresentando recuo em suas taxas de variação, com destaque para Saúde e Cuidados Pessoais — alta de 0,02% em setembro ante elevação de 0,78% em agosto — e Despesas Diversas — queda de 0,14% em setembro, ante alta de 1,30% no mês anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), responsável por 10% do índice geral, por sua vez, subiu 0,42% em setembro, ante elevação de 0,82% em agosto.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.