O impostômetro, instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro histórico da capital paulista, alcançou a marca de R$ 1 trilhão em arrecadação de tributos neste ano, às 12h desta sexta-feira.
Essa quantia representa o valor pago pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início de 2024, incluindo impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária.
Comparado ao ano anterior, o alcance dessa marca ocorreu 21 dias antes, refletindo um aumento de 21,7% na arrecadação este ano.
O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, aponta que o aumento pode ser atribuído à elevação da inflação, uma vez que uma parte considerável da tributação é indexada aos preços dos produtos, além do crescimento econômico que superou as expectativas no início do ano.
Outros fatores que impulsionaram esse crescimento foram arrecadações atípicas da Receita Federal e o aumento do ICMS sobre produtos como gasolina, diesel e gás, ocorrido em dez estados.
Olhando para o restante do ano, o economista projeta uma menor alta na arrecadação, visto que as projeções de inflação são menores e a atividade econômica está desacelerando, a menos que haja um aumento nas alíquotas de impostos.
O presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, destaca que o alcance da marca de R$ 1 trilhão representa um efetivo aumento na arrecadação de tributos.
“Essa situação reflete, com certeza, as políticas monetárias do governo atual, que desde o início da gestão está se esforçando para aumentar suas receitas e enfrentar o grande déficit público que tivemos até o momento”, afirma ele.