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quinta-feira, 3 outubro, 2024
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Inflação alimentar: Mais ricos desfrutam, mais pobres padecem

Por Alexandre G.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta segunda-feira (19/2) que, em janeiro, a percepção de inflação desacelerou em quase todas as faixas de renda, exceto as duas mais baixas. Influenciada pelo aumento nos preços dos alimentos essenciais, a inflação percebida pela classe de renda mais baixa registrou um avanço de 0,66%, enquanto a segunda mais baixa teve um aumento de 0,59%.

Por outro lado, o segmento de renda alta foi o que registrou a menor taxa de inflação durante o período, com um aumento de apenas 0,04%. Isso se deve principalmente à queda nos preços das passagens aéreas, que são mais utilizadas pela classe de renda mais alta.

Apesar disso, a taxa acumulada revela que a maior inflação dos últimos doze meses é percebida pelos mais ricos, com um aumento de 5,67%, enquanto a camada mais pobre sentiu menos o peso da elevação de preços, com um avanço de 3,47%. Diante disso, a classe de renda muito baixa foi a que menos percebeu o aumento da inflação no último ano, segundo o Ipea.

No que diz respeito aos alimentos, em janeiro, eles foram os principais responsáveis pelo resultado negativo entre os mais pobres. Destacam-se o aumento no preço médio dos cereais (6,8%), tubérculos (11,1%), frutas (5,1%) e óleos e gorduras (2,1%). A técnica de Planejamento e Pesquisa na Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, Maria Andreia Lameiras, atribui essa maior percepção dos mais pobres em relação à inflação dos alimentos ao parcelamento das compras de supermercado.

Além disso, mesmo em menor escala, o grupo de saúde e cuidados pessoais também contribuiu para a inflação das classes de renda mais baixas, refletindo os reajustes de 0,70% nos produtos farmacêuticos e 0,94% nos produtos de higiene pessoal.

Por outro lado, mesmo com o aumento dos preços dos alimentos e dos serviços pessoais, o recuo de 15,2% nos preços das passagens aéreas e 10,2% nas tarifas de transporte por aplicativo foram as principais responsáveis pelo alívio inflacionário ao segmento de renda mais alta. Essas duas quedas geraram uma forte contribuição negativa do grupo transportes, de acordo com o Ipea.

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