O dólar iniciou a semana em alta nesta segunda-feira (1º), impulsionado pelas declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela vigilância contínua sobre o cenário fiscal do país. Na sexta-feira, a moeda americana havia alcançado seu nível mais alto desde janeiro de 2022.
As observações de Lula sobre a política monetária brasileira continuam influenciando os mercados. Após criticar o Banco Central do Brasil na semana passada, o presidente fez novos comentários, destacando que o próximo presidente da instituição adotará uma abordagem alinhada com as necessidades do Brasil, não apenas com as exigências do sistema financeiro.
Além disso, os investidores estão atentos aos novos dados econômicos dos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, também registrava alta.
Resumo dos Mercados
Dólar Às 16h20, o dólar estava 0,87% mais alto, cotado a R$ 5,6368. Durante o dia, atingiu R$ 5,6406. Para mais cotações, consulte o mercado.
Na sexta-feira passada, o dólar subiu 1,46%, fechando em R$ 5,5884.
Resultados acumulados:
- Avanço de 2,71% na semana;
- Ganho de 6,46% no mês;
- Alta de 15,17% no ano.
Fatores Impactando os Mercados
Sem grandes eventos na agenda, as críticas recentes de Lula à condução da política monetária pelo Banco Central continuam a afetar os mercados nesta segunda-feira (1º).
Lula enfatizou que o próximo presidente do BC deve adotar uma abordagem realista em relação ao Brasil, não se limitando às demandas do sistema financeiro.
“Estou há dois anos com o presidente do Banco Central do ex-presidente Jair Bolsonaro, isso não está correto”, afirmou Lula, enquanto reafirmava o respeito à autonomia do BC, aprovada pelo Congresso.
O presidente destacou seu compromisso com a responsabilidade fiscal e a manutenção da inflação baixa, mencionando a decisão do governo de manter a meta de inflação em 3%.
As declarações recentes de Lula se somam às críticas anteriores à instituição na semana passada, onde ele questionou a taxa de juros de 10,5% em um cenário de inflação de 4%, indicando uma possível mudança na Selic após a indicação de um novo presidente para substituir Roberto Campos Neto, cujo mandato termina no final do ano.
Além disso, os mercados seguem atentos ao cenário fiscal do país, especialmente após o déficit público revelado na semana passada superar as projeções do mercado.
Na agenda, destaca-se o novo Boletim Focus, que atualiza as projeções para os principais indicadores econômicos.
Os investidores também estão focados no início das reservas para as ações de privatização da Sabesp.