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domingo, 22 setembro, 2024
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Harley-Davidson retira iniciativas progressistas e ‘wokismo’

Por Marina B.

Desde a década de 1960, a Harley-Davidson é um ícone de liberdade individual, patriotismo e estilo de vida rebelde, afastada de questões políticas e sociais e das causas da cultura woke. No entanto, nos últimos 15 anos, a renomada fabricante de motocicletas se alinhou à agenda progressista, adotando várias iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).

A empresa implementou cotas de contratação, treinamentos “conscientes” e metas para aumentar os gastos com fornecedores de grupos minoritários. Além disso, patrocinou eventos da diversidade e se integrou ao sistema de pontuação da Human Rights Campaign, que avalia o comprometimento das empresas com os direitos da comunidade LGBT.

Contudo, na última segunda-feira (19), a Harley-Davidson anunciou uma drástica redução dessas atividades. Pressionada por uma forte mobilização anti-woke nas redes sociais, a empresa de Milwaukee revisará e até eliminará alguns de seus programas de DEI, visando alinhar suas políticas com os valores de sua base de clientes e focar nos interesses de seus sócios e acionistas.

Em um comunicado oficial no X, a Harley-Davidson expressou sua preocupação com a negatividade nas redes sociais e afirmou: “Estamos tristes com a negatividade nas redes sociais nas últimas semanas, que dividiu a comunidade Harley-Davidson. Levamos essa questão muito a sério e é nossa responsabilidade responder com clareza, ação e fatos.”

Fundada em 1903, a Harley-Davidson inicialmente associava sua imagem ao transporte militar, especialmente durante a Segunda Guerra Mundial. No entanto, o sucesso do filme Easy Rider (1969), com a moto Harley pintada com a bandeira dos EUA, transformou a marca em um símbolo icônico da contracultura dos anos 60, rivalizando com o próprio filme e seu tema principal, “Born to be Wild”, da banda Steppenwolf.

Recentemente, a Harley-Davidson tem sido alvo de críticas por sua rendição ao ativismo identitário. O cineasta e comentarista político Robby Starbuck, que iniciou uma campanha para expor a empresa, argumentou que suas posturas foram motivadas por imposição ideológica. Apoiado por Elon Musk, Starbuck também liderou boicotes a outras empresas conservadoras que adotaram políticas semelhantes de DEI, como John Deere e Tractor Supply, que reconsideraram suas abordagens após protestos.

“Talvez agora os inimigos entendam que minha estratégia funciona. Estamos vencendo e vamos tornar as empresas sãs novamente,” afirmou Starbuck.

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