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domingo, 6 outubro, 2024
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Gestores de fundos abandonam ações brasileiras: Foco agora é na bolsa americana

Por Alexandre G.

Uma pesquisa conduzida pela casa de análises Empiricus com 43 gestoras de recursos, revelou uma mudança no otimismo dos gestores de fundos multimercados em relação aos mercados brasileiro e americano em fevereiro, comparado ao mês anterior.

Os resultados mostram que, enquanto boa parte dos gestores diminuiu o otimismo com as ações brasileiras, houve uma melhora no sentimento em relação à bolsa americana. O estudo, realizado nos primeiros dias de fevereiro, ocorreu antes dos dados de inflação nos Estados Unidos durante o Carnaval, que trouxeram pessimismo ao mercado.

No caso das ações brasileiras, apesar da maioria ainda se mostrar otimista, o sentimento piorou pela primeira vez após dois meses de melhora. Por outro lado, em relação à bolsa americana, a maioria dos gestores se mostrou positiva após dois anos de sentimento negativo, e essa tendência de melhora se estendeu pelo quarto mês consecutivo.

Os fundos multimercados têm a liberdade de diversificar as carteiras em diferentes classes de ativos, tanto no Brasil quanto no exterior, o que lhes permite ajustar a exposição à bolsa conforme necessário. Seu desempenho depende da habilidade dos gestores em interpretar o cenário e antecipar movimentos de mercado.

No mercado brasileiro, as apostas no fortalecimento do real em relação ao dólar chamam a atenção, atingindo o maior nível desde o início do estudo. Quanto aos juros nominais e reais, os gestores mantêm um otimismo, embora o sentimento tenha se deteriorado, sugerindo uma possível redução das expectativas de cortes na taxa de juros.

Essa mudança de sentimento em relação aos juros, é atribuída à expectativa de estabilidade no ritmo de redução de 0,50 ponto percentual nos encontros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. No entanto, ainda há divergências sobre o patamar da taxa Selic no final do ano.

Quanto aos Estados Unidos, a pesquisa também questionou os gestores sobre quando o Federal Reserve (Fed) começaria a cortar os juros. A maioria acredita que isso ocorrerá em maio, seguido por junho, com apenas uma pequena parcela prevendo uma redução já em março.

O cenário global visto pelos gestores destaca uma série de preocupações, incluindo a debandada de capital estrangeiro do Brasil, a inflação acima das expectativas no país, e a incerteza sobre a economia chinesa e sua influência sobre os preços das commodities. Em contrapartida, nos Estados Unidos, a economia mostra sinais de pouso suave, enquanto na China, a efetividade dos estímulos governamentais é questionada diante da deterioração do setor imobiliário. Enquanto isso, na Europa e no Oriente Médio, conflitos continuam sem perspectiva de resolução.

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