Apesar de aportes de investidores estrangeiros em 9 dos 20 pregões de junho, o pessimismo prevaleceu, resultando no pior desempenho mensal da bolsa desde 2018. A saída de capital estrangeiro da B3 no primeiro semestre deste ano é a maior desde 2020. Na sexta-feira, 28, investidores estrangeiros injetaram R$ 606,65 milhões na B3, com o Ibovespa fechando em queda de 0,32%. Em junho, foram retirados R$ 4,23 bilhões da bolsa, e o capital externo no ano está negativo em R$ 40,122 bilhões, o pior desde 2020.
Analistas preveem que o fluxo negativo deve continuar, influenciado pela falta de cortes de juros pelo Federal Reserve e a deterioração fiscal no Brasil, que afeta a atratividade dos investimentos. Gilberto Nagai, da SulAmérica Investimentos, e Fernando Siqueira, da Guide Investimentos, destacam a necessidade de resolver questões fiscais e garantir a credibilidade do próximo presidente do Banco Central.
Eduardo Carlier, da Azimut Brasil Wealth Management, aponta que o afastamento do investidor internacional deve-se a questões internas, diferentemente de situações passadas onde fatores externos predominavam.
Outros investidores também mostraram tendências variadas: institucionais retiraram R$ 1,304 bilhão no dia 28 e R$ 1,519 bilhão em junho; investidores individuais aportaram R$ 361,58 milhões no dia e R$ 3,57 bilhões em junho; instituições financeiras retiraram R$ 5,339 milhões no dia e R$ 136,915 milhões no mês; e a categoria “outros investidores” aportou R$ 340,814 milhões no dia e R$ 2,316 bilhões em junho.
