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Estatais federais têm déficit recorde de R$ 8,9 bi até setembro, diz Banco Central

Por Alexandre Gomes

Resultado é o pior da série iniciada em 2002; governo contesta números

As estatais federais registraram déficit recorde de R$ 8,9 bilhões de janeiro a setembro de 2025, segundo o Banco Central (BC). É o pior resultado desde o início da série histórica, em 2002. O órgão divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” na última sexta-feira, 31.

O déficit cresceu 94,1% em relação ao mesmo período de 2024. O levantamento considera a necessidade de financiamento das empresas, indicador que mostra se elas ajudam a reduzir o rombo público ou demandam mais recursos do Tesouro Nacional. O cálculo, no entanto, exclui o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a Petrobras.

O Ministério da Gestão e Inovação critica a metodologia do BC. Para a pasta, os números não refletem a real situação das companhias por não detalharem dados contábeis, como receitas, custos, ativos e lucros.

Impacto das estatais nas contas públicas

O índice do BC mede o efeito das estatais nas contas do governo. Quando há necessidade de financiamento, o Tesouro precisa cobrir o déficit com endividamento ou recursos arrecadados. Um dos casos mais críticos é o dos Correios, que tiveram prejuízo de R$ 4,4 bilhões no primeiro semestre.

As estatais estaduais, por outro lado, registraram superavit de R$ 1,5 bilhão no mesmo período.

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Outros indicadores do BC

O setor público consolidado fechou setembro com déficit primário de R$ 17,5 bilhões, ante R$ 7,3 bilhões em 2024. O resultado inclui déficits de R$ 14,9 bilhões no governo central e de R$ 3,5 bilhões nos governos regionais, e superavit de R$ 1 bilhão nas estatais. Em 12 meses, o déficit acumulado foi de R$ 33,2 bilhões, o equivalente a 0,27% do PIB.

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Os juros nominais somaram R$ 84,7 bilhões em setembro, impulsionados pela alta da Selic e pelo aumento da dívida. Em 12 meses, alcançaram R$ 984,8 bilhões, ou 7,9% do PIB. O resultado nominal, que inclui juros e déficit primário, ficou negativo em R$ 102,2 bilhões no mês e em R$ 1,018 trilhão no acumulado anual, o equivalente a 8,16% do PIB.

A Dívida Líquida do Setor Público atingiu 64,8% do PIB, ou R$ 8,1 trilhões, e a Dívida Bruta do Governo Geral chegou a 78,1% do PIB, totalizando R$ 9,7 trilhões.

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