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quinta-feira, 12 junho, 2025
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Especialista: Se Brasil retaliar tarifas de Trump, sairá no prejuízo

Por Alexandre Gomes

Especialista da UFF defende estratégia diplomática em vez de retaliação comercial, alertando para os riscos de uma guerra tarifária com os EUA

O professor Vitelio Brustolin, da Universidade Federal Fluminense (UFF), alertou que o Brasil pode sair prejudicado caso opte por retaliar as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em entrevista à CNN, o especialista analisou as possíveis estratégias do governo brasileiro diante das medidas protecionistas dos Estados Unidos.

Brustolin enfatizou a assimetria no comércio internacional, destacando que países economicamente menores, como o Brasil, tendem a sofrer mais em uma guerra tarifária com os EUA. “Se a gente for tentar retaliar, fazer olho por olho com os Estados Unidos, países como o Brasil, que são economicamente menores que os Estados Unidos, terão prejuízo”, afirmou.

Impactos das tarifas no mercado consumidor

O professor também alertou para as consequências das tarifas para os consumidores.

Segundo ele, o aumento das tarifas levará a um aumento nos preços dos produtos, contradizendo as promessas de campanha de Trump de reduzir a inflação. “O que deve acontecer com o aumento das tarifas é que os produtos vão subir de preço”, explicou Brustolin.

O especialista usou como exemplo histórico a antiga União Soviética, que tentou produzir tudo dentro de seu território, resultando em produtos ineficientes e caros, como no caso da indústria automobilística.

Necessidade de estratégia diplomática

Brustolin criticou a falta de uma estratégia clara do governo brasileiro para lidar com a situação.

“Eu ainda não vi nenhuma estratégia do governo brasileiro que não seja reativa. Vamos reagir de acordo com o que o Trump fizer ou disser”, pontuou.

O professor comparou a postura do Brasil com a de outros países, como Canadá, União Europeia e México, que já têm estratégias definidas. Ele ressaltou a importância de uma abordagem diplomática de alto nível: “É necessário que a diplomacia brasileira de primeiro escalão e a diplomacia dos Estados Unidos e os próprios presidentes comecem a se falar”.

Brustolin concluiu que, embora cotas ou negociações possam fazer parte de uma estratégia, é fundamental que o Brasil desenvolva uma abordagem proativa e diplomática para lidar com as políticas comerciais dos Estados Unidos, evitando assim prejuízos econômicos significativos.

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