O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, luta para manter-se no cargo com o respaldo de Rodrigo Pacheco e outros senadores. Contudo, sua demissão parece iminente, conforme discutido durante uma reunião no Planalto na quarta-feira (3).
Nesse encontro estavam presentes assessores de Lula e o advogado Leonardo Antonelli, representante dos acionistas minoritários da estatal. Os assessores palacianos afirmaram que a decisão de demitir Prates estava tomada e que ele seria destituído após a eleição do Conselho de Administração, agendada para o dia 25.
Antevendo possíveis danos adicionais, Antonelli argumentou que seria mais prudente remover Prates antes: “A razão é simples: agora o governo tem a chance de nomear quem quiser, pois tem a maioria dos votos na eleição do conselho. Após a assembleia do dia 25, seria necessário destituir o conselho recém-eleito, repetindo os erros do governo anterior, o que resultou em uma queda de quase 100 bilhões de reais nas ações da companhia.”
Segundo o representante dos minoritários, a gestão da Petrobras está transmitindo uma imagem negativa ao mercado internacional. “A Petrobras é uma empresa avaliada em quase meio trilhão de reais. Não pode ser administrada de forma irresponsável. O boletim de voto à distância já foi disponibilizado para os acionistas no exterior, ou seja, a eleição já está em andamento. Insistir nessa falta de governança é prejudicial ao Brasil e aos acionistas.”
Apesar dos desafios, Prates continua lutando para manter-se no cargo. Ele planeja discutir sua situação com Lula nos próximos dias. Enquanto isso, o presidente acompanha em silêncio o desgaste de Prates e já considerou possíveis substitutos nos bastidores, incluindo o chefe do BNDES, Aloizio Mercadante.