Após análise, a equipe econômica definiu a meta fiscal para o ano de 2025: um resultado primário zero, indicando que as despesas serão equivalentes às receitas. Esta decisão, confirmada por fontes envolvidas no processo e reportada pelo Estadão/Broadcast, será formalizada no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do próximo ano, a ser apresentado pelo governo nesta segunda-feira (15).
Previamente, o governo considerava modificar a meta para as contas públicas em 2025, prevista no novo arcabouço fiscal, que atualmente visa um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, discussões recentes apontavam para um ajuste entre resultado primário zero e um superávit de até 0,25% do PIB.
As áreas econômicas ministeriais concluíram que seria inviável atingir um superávit de 0,5% inicialmente proposto. Persistir nesse patamar poderia prejudicar a credibilidade do governo, que busca estabilidade fiscal. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, indicou a possibilidade de mudança ao afirmar que a meta de 2025 estava em discussão, sem confirmar números finais.
Essa alteração na meta fiscal pode impactar o ritmo de redução da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central. Analistas da consultoria Capital Economics sugerem que a flexibilização da meta fiscal reforça as dificuldades no controle das contas públicas, o que poderia levar a cortes menores na Selic. A mudança no resultado primário afeta a dinâmica da dívida pública e pode comprometer a credibilidade do gerenciamento das contas, influenciando os custos dos empréstimos do governo.