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quarta-feira, 22 outubro, 2025
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Em setembro, China não compra soja dos EUA pela 1ª vez em quase 7 anos

Por Alexandre Gomes

Dados divulgados nesta segunda-feira, 20, pela Administração Geral de Alfândega chinesa revelam que nenhuma carga norte-americana desembarcou no mês

Pela primeira vez em quase sete anos, a China deixou de adquirir soja dos Estados Unidos em setembro, num movimento impulsionado pela intensificação da disputa comercial entre os dois países. Dados divulgados nesta segunda-feira, 20, pela Administração Geral de Alfândega chinesa revelam que nenhuma carga norte-americana desembarcou no mês, enquanto importações da América do Sul tiveram forte crescimento.

No mesmo mês do ano passado, a China importou 1,7 milhão de toneladas da oleaginosa dos EUA. O recuo se deve à imposição de tarifas elevadas pelo governo chinês sobre produtos norte-americanos, além do esgotamento dos estoques de grãos de safras anteriores. O país asiático permanece como o maior consumidor mundial de soja.

Disputa comercial e importações da China

De acordo com o analista Wan Chengzhi, da Capital Jingdu Futures, “em um ano normal, alguns grãos de safra antiga ainda entrariam no mercado”.

Enquanto isso, as compras do Brasil cresceram 29,9% e alcançaram quase 11 milhões de toneladas em setembro, o equivalente a 85,2% do total importado. Já as aquisições da Argentina saltaram 91,5% e chegaram a cerca de 1,2 milhão de toneladas, ou 9% do volume total.

Toda a soja importada pela China em setembro ultrapassou os 12,8 milhões de toneladas, o segundo maior patamar já registrado. Os compradores chineses ainda não adquiriram a soja da safra norte-americana de outono, e, à medida que garantem remessas até novembro principalmente do Brasil e da Argentina, a janela para negócios com os Estados Unidos se estreita rapidamente.

Se o impasse comercial persistir, produtores dos EUA podem amargar prejuízos bilionários, enquanto processadores chineses seguem com a opção da soja sul-americana. Contudo, Pequim também enfrenta riscos, já que pode faltar produto no início do próximo ano, antes do início da nova safra brasileira.

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