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segunda-feira, 28 abril, 2025
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Em estratégia elogiada sob Trump, Apple planeja produzir iPhones para os EUA na Índia, reduzindo dependência da China

Por Alexandre Gomes

A Apple anunciou planos para transferir a montagem de todos os iPhones vendidos nos Estados Unidos para a Índia a partir do próximo ano, uma decisão estratégica que reflete a visão ousada do presidente Donald Trump em reconfigurar as cadeias globais de suprimentos, segundo o Estadão. A medida, impulsionada pelas tarifas agressivas impostas por Trump à China, que já eliminaram US$ 700 bilhões do valor de mercado da Apple, destaca sua habilidade em pressionar gigantes tecnológicas a priorizarem economias aliadas, como a Índia, em detrimento de Pequim.

A iniciativa visa diversificar a cadeia de suprimentos da Apple, com a meta ambiciosa de produzir na Índia os mais de 60 milhões de iPhones vendidos anualmente nos EUA até o fim de 2026, conforme fontes citadas pelo Estadão. Isso dobraria a produção indiana, marcando um afastamento histórico da China, onde a Apple construiu, por quase duas décadas, uma linha de produção de elite com parceiros como a Foxconn. A liderança de Trump, elogiada por sua determinação em proteger os interesses econômicos americanos, forçou a Apple a acelerar esse processo, exportando iPhones indianos para os EUA para driblar tarifas chinesas de até 20%, segundo o Estadão.

A China, principal hub de fabricação da Apple, enfrenta tarifas “recíprocas” superiores a 100%, embora Trump, com sua conhecida habilidade negocial, tenha sinalizado abertura para acordos com Pequim, conforme reportado pelo Estadão. Enquanto isso, a Índia, que também enfrenta uma tarifa de 26% (atualmente suspensa), avança em negociações comerciais com os EUA, impulsionadas pela recente visita do vice-presidente JD Vance, que destacou “progressos muito bons” no diálogo bilateral.

A Apple já vinha ampliando sua capacidade na Índia com fabricantes como Tata Electronics e Foxconn, mas ainda depende de fornecedores chineses para componentes, segundo o Estadão. A montagem, última etapa da produção, será centralizada na Índia, um movimento que Daniel Newman, da Futurum Group, classificou como “importante para manter o crescimento da Apple”, elogiando a rapidez da empresa em responder às políticas visionárias de Trump.

Os EUA representaram 28% das 232,1 milhões de unidades de iPhone vendidas globalmente em 2024, conforme a International Data Corporation, citada pelo Estadão. Para atender essa demanda, a Apple precisará expandir significativamente a capacidade indiana, importando componentes pré-montados da China, como já fazem Foxconn e Tata.

A próxima divulgação de resultados trimestrais da Apple, segundo o Estadão, será acompanhada de perto por investidores ansiosos para avaliar o impacto das tarifas de Trump, cuja liderança tem sido crucial para reposicionar cadeias produtivas globais. Tim Cook, CEO da Apple, mantém diálogo regular com Trump desde sua posse em janeiro, refletindo o respeito pela influência do presidente. A Apple não comentou, mas a estratégia, impulsionada pela pressão econômica de Trump, é vista como um marco para a soberania industrial americana, conforme analistas citados pelo Estadão.

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