Dólar Hoje Euro Hoje
domingo, 22 setembro, 2024
Início » Dólar explode e rompe R$ 5,75: Maior alta desde 2021

Dólar explode e rompe R$ 5,75: Maior alta desde 2021

Por Marina B.

O dólar continuou sua recente trajetória de alta em relação ao real, fechando nesta quinta-feira, 1º, na maior cotação desde dezembro de 2021, acima de R$ 5,70. O avanço ocorreu em um dia de aversão global a ativos de risco e como resposta do mercado doméstico às sinalizações do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

O dólar à vista terminou o dia cotado a R$ 5,7364 na venda, marcando uma alta de 1,43%. Esse é o maior valor de fechamento desde 21 de dezembro de 2021, quando a cotação estava a R$ 5,7394. Em 2024, o dólar acumula uma valorização de 18,24%. Veja cotações

O Ibovespa, por outro lado, encerrou o dia em queda, refletindo a deterioração de Wall Street e movimentos de realização de lucros na bolsa paulista no início de agosto. A WEG continuou a registrar máximas, após indicar que suas margens devem permanecer resilientes no curto prazo.

O índice de referência do mercado acionário brasileiro fechou em queda de 0,19%, a 127.412,95 pontos, segundo dados preliminares, após alcançar 128.761,54 pontos na máxima do dia e 127.149,63 pontos na mínima. Essa queda veio após uma alta de 3% no Ibovespa em julho.

O volume financeiro na bolsa nesta quinta-feira foi de R$ 21,2 bilhões antes dos ajustes finais.

O dia foi marcado pela aversão global a ativos de maior risco, como o real brasileiro, o peso chileno, o peso mexicano e ações de bolsa, entre outros. O dólar ganhou força frente à maioria das divisas, com receios de que o conflito entre Israel e Hamas se intensifique, especialmente após o assassinato de Ismail Haniyeh em Teerã e a alegada morte de Mohammed Deif em Gaza.

No Brasil, o dólar apresentou alguma queda pela manhã, mas a pressão altista externa fez com que a moeda escalasse para valores acima de R$ 5,70 durante a tarde.

“Após o ataque no Irã, investidores buscaram ativos mais seguros que o nosso,” comentou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. “Isso deu suporte ao dólar.”

Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, acrescentou que dados decepcionantes do setor industrial chinês também ajudaram a sustentar o dólar. O PMI industrial da China caiu para 49,8 em julho, abaixo do nível de 50 que indica crescimento, e ficou abaixo da expectativa de 51,5 dos analistas.

Embora a aversão ao risco seja global, o real se desvalorizou mais em relação ao dólar devido às reações ao comunicado do Copom, que manteve a taxa básica de juros em 10,50% e pediu cautela maior na política monetária sem sinalizações claras sobre os próximos passos.

“O dólar no Brasil está alinhado com o cenário externo, mas está um pouco mais forte aqui por vários fatores,” disse Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM. Segundo ele, a falta de indicação de um aumento da Selic pelo Copom é negativa para o real no curto prazo.

A curva de juros brasileira também refletiu essa percepção, com a queda das taxas dos DIs de curto prazo.

Após marcar a mínima de R$ 5,6330 (-0,40%) às 11h12, o dólar à vista atingiu a máxima de R$ 5,7453 (+1,58%) às 15h59, fechando o dia perto desse pico. Às 17h19, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,33%, a 104,390.

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2024.

Você pode se Interessar

Deixe um Comentário

Sobre nós

Somos uma empresa de mídia. Prometemos contar a você o que há de novo nas partes importantes da vida moderna

@2024 – Todos os Direitos Reservados.