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quinta-feira, 31 outubro, 2024
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Dólar dispara e chega R$ 5,73: Mercado em alerta

Por Marina B.

O dólar subiu fortemente em relação ao real nesta quinta-feira, ampliando os ganhos da véspera e contrariando a tendência dos mercados emergentes, enquanto investidores digerem as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Os ganhos ultrapassaram 1%, com o dólar rompendo a barreira dos R$ 5,70.

Cotação do Dólar Hoje Às 14h31 (horário de Brasília), o dólar comercial avançava 1,30%, sendo cotado a R$ 5,727 para compra e venda. Na B3, o contrato futuro de dólar para o primeiro vencimento (DOLc1) subia 1,28%, atingindo 5.746 pontos.

Na quarta-feira, o dólar fechou em alta de 0,64%, a R$ 5,6558.

Dólar Comercial

  • Compra: R$ 5,727
  • Venda: R$ 5,727

Dólar Turismo

  • Compra: R$ 5,72
  • Venda: R$ 5,90

O Que Aconteceu com o Dólar Hoje? Na sessão desta quinta-feira, agentes financeiros continuam a avaliar as decisões dos bancos centrais tomadas na quarta-feira, buscando sinais sobre a trajetória futura dos juros e o impacto sobre os ativos brasileiros.

O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, em decisão unânime, e pediu “ainda maior cautela” na política monetária, destacando que a percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal tem impactado os preços dos ativos e as expectativas de mercado.

A manutenção da taxa Selic era esperada pelos economistas, que permanecem incertos sobre os próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à taxa básica de juros, o que tem pressionado o dólar.

“O BC tem agido com bastante cautela principalmente por conta da alta volatilidade causada pelo medo do mercado de uma postura leniente com a inflação”, disse Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.

No exterior, o Federal Reserve também manteve sua taxa de juros inalterada, mas sinalizou a possibilidade de redução dos custos dos empréstimos na próxima reunião de política monetária, em setembro, conforme a inflação continua a convergir para a meta de 2%.

“Lá fora, o resultado também veio dentro do esperado. A parte mais relevante foi o discurso do presidente Jerome Powell, que ancorou expectativas com um possível corte em setembro, já antecipado pelo mercado, mas que alguns analistas haviam adiado para novembro”, completou Massote.

Quanto mais o Fed cortar os juros, menos atrativo o dólar se torna em comparação com outros ativos, devido à queda nos rendimentos dos Treasuries.

Ainda na quarta-feira, a disputa entre investidores pela formação da Ptax de fim de mês impulsionou as cotações no Brasil.

A Ptax, calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

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