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quarta-feira, 17 setembro, 2025
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Do refrigerante à aposta: como as bets reprecificaram o patrocínio no futebol brasileiro

Por Alexandre Gomes

Nos anos 80, era comum ver grandes clubes de futebol brasileiros estampando Coca-Cola em suas camisas. O movimento marcou a entrada definitiva das multinacionais no futebol nacional. Nas décadas seguintes, a Caixa Econômica Federal virou o maior patrocinador de massa, alcançando dezenas de clubes ao mesmo tempo. Pouco depois, a Petrobras firmou-se como parceira histórica do Flamengo, com um dos contratos mais longos e emblemáticos do país.

Agora, vivemos uma nova era: a chegada das empresas de apostas (bets), trazendo cifras sem precedentes e colocando o Brasil em patamar internacional.

O contrato Flamengo–Betano: mudança de patamar do futebol brasileiro

  • Valor anual: até R$ 268,5 milhões (fixo ~R$ 220 mi + variáveis).
  • Duração: 3 anos e 4 meses, a partir de setembro/2025.
  • Total estimado: ~R$ 895 milhões.
  • Adiantamento inicial: ~R$ 85 milhões.
  • Ranking global: Top-10, equivalente a € 43 milhões/ano.

Esse acordo é o maior da história do futebol brasileiro e redefine o teto de mercado.

Benefícios

  • Receita recorde: fortalece elenco, base e marketing.
  • Exposição internacional: bets trazem ativações digitais globais.
  • Marca global: estar no Top-10 sinaliza maturidade comercial.

Riscos

  • Concentração: poucos clubes capturam a maior parte dos recursos.
  • Dependência regulatória: qualquer mudança na lei pode afetar contratos.
  • Volatilidade: adiantamentos e bônus elevados aumentam risco de execução.

Linha do tempo do patrocínio no Brasil

  • Anos 80: Coca-Cola massifica presença em camisas.
  • 2010s: Caixa patrocina até 35 clubes em simultâneo.
  • 1984–2009: Petrobras mantém parceria histórica com Flamengo.
  • 2025: Betano eleva o teto com R$ 268,5 mi/ano e coloca o Fla no Top-10 global.

O Brasil entrou de vez na era das bets. Para os grandes clubes, isso significa receitas inéditas e projeção global. Mas há riscos claros: a desigualdade cresce, e clubes médios ou pequenos ficam cada vez mais distantes do topo.

O futuro do futebol brasileiro dependerá de equilíbrio entre novos contratos milionários e mecanismos que mantenham a competitividade e a base forte. As receitas televisivas que outrora já foram o principal foco, hoje seguem como importantes porém tão necessárias quanto o apoio da publicidade. A era das bets chegou para ficar e qual será a próxima era ? Dos Streaming?

Seguimos estudando o futebol brasileiro e internacional….

Texto de Daniel Borges

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