Os requerimentos de seguro-desemprego registraram um aumento nos primeiros dois meses deste ano, atingindo o maior índice para o período desde 2015, de acordo com informações do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, de janeiro a fevereiro, foram contabilizados 1,2 milhão de pedidos em todo o país. Isso representa um aumento de 8% em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram feitas 1,1 milhão de solicitações.
Além disso, o montante pago também teve um acréscimo, passando de R$ 6,1 bilhões nos dois primeiros meses de 2023 para R$ 7,3 bilhões no mesmo intervalo deste ano, o que representa um aumento de 19,6%.
Esse acumulado para o ano atual é o maior desde 2015, quando o benefício foi requerido por 1,39 milhão de pessoas que haviam perdido seus empregos, conforme o Painel de Informações do Seguro-Desemprego, do Ministério do Trabalho e Emprego.
De acordo com o ministério, esse aumento está relacionado à dinâmica do mercado de trabalho. “O aumento decorre da rotatividade do mercado de trabalho”, afirmou o ministério em comunicado. Com mais pessoas empregadas com carteira assinada, cresce também o número de indivíduos elegíveis para solicitar o seguro-desemprego.
A taxa de desemprego no Brasil alcançou 7,6% no trimestre encerrado em janeiro deste ano, o menor nível para o mês desde 2015, segundo dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No ano passado, o Brasil criou 1.483.598 vagas de trabalho com carteira assinada, conforme os dados do Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados). Esse número representa uma queda de 26,3% em relação a 2022, quando foram gerados 2,01 milhões de postos de trabalho. Os dados referentes a janeiro deste ano serão divulgados nesta sexta-feira.
