O mercado financeiro revisou para cima a previsão do déficit primário do governo federal para 2024, conforme o relatório Prisma Fiscal divulgado hoje pelo Ministério da Economia. A estimativa, pela mediana, aumentou de R$ 79,715 bilhões em maio para R$ 81,424 bilhões em julho.
O Prisma Fiscal é um boletim mensal que apresenta projeções de bancos e economistas do setor privado sobre variáveis econômicas e fiscais. Os dados para o relatório deste mês foram coletados até o quinto dia útil de julho.
Em relação à Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que é o principal indicador do estoque da dívida pública, a projeção do mercado subiu de 77,33% para 77,46% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para o ano de 2024, a expectativa de arrecadação federal passou de R$ 2,602 trilhões para R$ 2,612 trilhões, considerando a mediana. Já a receita líquida teve um aumento de R$ 2,127 trilhões para R$ 2,131 trilhões. As projeções para as despesas totais do governo federal também subiram, de R$ 2,207 trilhões para R$ 2,209 trilhões.
Para 2025, as projeções mostram um aumento no déficit primário, de R$ 90,133 bilhões para R$ 95,341 bilhões. A arrecadação federal projetada subiu de R$ 2,733 trilhões para R$ 2,744 trilhões, enquanto a receita líquida passou de R$ 2,229 trilhões para R$ 2,235 trilhões. As despesas totais foram estimadas em R$ 2,321 trilhões, aumentando para R$ 2,333 trilhões. Em relação à DBGG para 2025, a projeção passou de 80,15% para 80,10% do PIB.