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segunda-feira, 25 novembro, 2024
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Dados de inflação ajudarão a definir ritmo de corte de juros nos EUA, diz Campos Neto

Por Alexandre Gomes

Presidente do BC brasileiro disse em evento em Londres que uma inflação anualizada acima de 2,5% nos EUA pode passar uma sensação de que o processo de desinflação estagnou

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que os próximos indicadores de inflação que serão divulgados nos Estados Unidos serão importantes para inferir sobre o ritmo de corte nos juros do país. Ele participa de uma reunião com investidores organizada pelo Deutsche Bank, em Londres, e reiterou que o cenário do BC é de “soft landing” nos Estados Unidos.

Campos Neto disse que os próximos dois ou três números de inflação a serem divulgados nos Estados Unidos serão importantes e, se a inflação ficar acima de 2,5%, haverá uma sensação de que a desinflação parou.

“Eu acho que vai haver uma sensação, ou pelo menos um sentimento, de que talvez essa inflação possa estagnar. E eu acho que isso é muito relevante. Nosso cenário principal ainda é um pouso suave nos Estados Unidos, mas acho que vemos claramente que isso mudou muito com muita volatilidade ultimamente, então precisamos ver mais dados”, disse.

Ele também ponderou sobre o cenário eleitoral dos Estados Unidos, que indica inflação mais alta.

O presidente da autoridade monetária também mencionou que há uma convergência da inflação subjacente na maior parte dos países, mas ponderou que em vários deles esse indicador está acima da meta.

Em relação à inflação de serviços, ele também disse que o índice está elevado em todos os lugares, do mundo desenvolvido ao emergente. “É difícil imaginar que a inflação atingirá a meta se os serviços não caírem um pouco”, avaliou.

Brasil

Sobre o Brasil, ele afirmou que, se o país quer ter juros estruturalmente mais baixos, provavelmente será necessário apresentar ao mercado medidas que sejam interpretadas como um choque fiscal positivo. Campos Neto afirmou que a situação fiscal do Brasil é similar à de seus pares, com a diferença de que a dívida pública brasileira, na partida, já era mais alta do que a de outros países emergentes.

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