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terça-feira, 1 outubro, 2024
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Crise nos postos: Preços dos combustíveis em escalada desenfreada

Por Marina B.

A semana se inicia sob a sombra da incerteza no mercado de combustíveis, com a expectativa de possíveis reajustes nos preços por litro. O movimento foi desencadeado pela rede Ipiranga, que na sexta-feira (7) emitiu um comunicado interno anunciando o aumento de preços a partir de terça-feira (11).

Este aumento é atribuído à medida provisória que compensa a desoneração da folha de pagamento para 17 setores e pequenos municípios. A medida do governo Lula restringiu o uso de créditos tributários de PIS/Cofins, limitando o ressarcimento em dinheiro em alguns casos e proibindo o uso desses créditos para abater outros tributos, como imposto de renda e contribuição previdenciária.

Segundo o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), o impacto dessa mudança para o setor de combustíveis será de pelo menos R$ 10 bilhões, o que pode resultar em um aumento no preço da gasolina entre 4% e 7% e no diesel de 1% a 4%.

Por enquanto, apenas a Ipiranga anunciou o aumento de preços, mas a expectativa é que outras distribuidoras sigam o mesmo caminho nos próximos dias, conforme observado por José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo).

Em nota, a Ipiranga afirmou que “pratica uma política de preços alinhada aos parâmetros vigentes, atendendo às normas setoriais”. Empresas como Vibra (antiga BR), Raízen (dona da Shell) e Ale foram procuradas, porém não responderam até as 17h deste domingo.

Representantes de outras distribuidoras estão verbalmente comunicando aos postos que possíveis aumentos podem ocorrer entre terça e quarta-feira, segundo Emílio Roberto Chierighini Martins, do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas (Recap).

Os postos ainda estão incertos quanto à magnitude do reajuste por litro, que pode variar entre as distribuidoras. Uma previsão considera um aumento de R$ 0,30 no preço da gasolina e de até R$ 0,23 no caso do diesel, conforme cálculos do IBP.

De acordo com Gouveia, como se trata de uma recuperação de impostos, as distribuidoras provavelmente repassarão esses custos para os consumidores. Com a medida provisória em vigor, as empresas terão que desembolsar mais dinheiro para arcar com suas obrigações tributárias no próximo dia 20.

Na opinião de Martins, os avisos de aumento nos preços feitos pelas distribuidoras são exagerados, uma vez que os preços não aumentaram de fato. Ele considera essa comunicação como uma medida de pressão sobre o governo. Para os postos, o impacto é imediato, assim como para o consumidor.

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