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quinta-feira, 26 dezembro, 2024
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Criação de moeda do Brics: ideia de Lula enfrenta reação dura de Trump

Por Alexandre Gomes

O chanceler russo Serguei Lavrov revelou que a ideia de criar uma moeda única para o Brics partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cúpula do bloco em Joanesburgo, em 2023.
Segundo Lavrov, a proposta foi formalizada na Declaração de Joanesburgo e está sendo trabalhada por ministros das Finanças e chefes de bancos centrais dos países membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A iniciativa, considerada por Lula uma forma de reduzir a dependência global do dólar americano, está gerando preocupações sobre as potenciais consequências econômicas e geopolíticas. Para críticos, a medida pode enfraquecer a posição estratégica do Brasil no comércio internacional e prejudicar relações com os Estados Unidos, principal destino de exportações brasileiras.

Trump reage e defende o dólar americano

Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, reagiu energicamente à ideia. Em uma publicação na Truth Social, Trump deixou claro que não aceitará tentativas de desestabilizar o dólar.

Exigimos compromisso desses países de que não criarão uma nova moeda Brics, nem apoiarão nenhuma outra moeda para substituir o poderoso dólar americano ou enfrentarão tarifas de 100% e devem esperar dizer adeus à venda para a maravilhosa economia dos EUA. Eles podem encontrar outro otário! – escreveu o republicano.

A postura firme de Trump reflete a importância estratégica do dólar para os Estados Unidos e a determinação do próximo governo americano em proteger sua hegemonia econômica global.

Críticas à postura de Lula

Analistas apontam que a insistência de Lula na ideia de uma moeda Brics pode isolar o Brasil em um momento em que o país precisa consolidar relações com parceiros comerciais estratégicos. Ao se alinhar de forma tão próxima à Rússia e à China, líderes que enfrentam forte oposição no Ocidente, o presidente brasileiro arrisca comprometer interesses nacionais em prol de uma agenda ideológica globalista.

Além disso, a viabilidade de uma moeda única para o Brics é altamente questionável. Com economias tão distintas em termos de estrutura, política monetária e estabilidade, o projeto enfrenta desafios técnicos gigantescos, que poderiam levar anos para serem superados – isso, se houver consenso político dentro do bloco.

Uma visão de futuro incerto

Enquanto Lula tenta se posicionar como um líder de peso em debates globais, suas ações levantam dúvidas sobre os impactos para o Brasil. A relação com os Estados Unidos, especialmente em um cenário de governo Trump, pode ser abalada, afetando o comércio e os investimentos que são cruciais para o crescimento econômico brasileiro.

Trump, ao contrário, reafirma sua visão de colocar os interesses americanos em primeiro lugar, mantendo a pressão para que o dólar continue como a moeda dominante no mundo. Sua resposta deixa claro que qualquer tentativa de confrontar a hegemonia americana será enfrentada com determinação e medidas concretas.

Se Lula continuar nessa direção, o Brasil pode se encontrar em uma posição difícil, tentando equilibrar alianças globais enquanto enfrenta retaliações de parceiros comerciais estratégicos.

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