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segunda-feira, 1 dezembro, 2025
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Correios projetam rombo de R$ 23 bilhões em 2026 e buscam empréstimo de R$ 20 bilhões para evitar colapso

Por Alexandre Gomes

Os Correios acumularam mais de três anos seguidos de prejuízo e caminham para um dos piores resultados da história. A estatal prevê perdas de até R$ 10 bilhões em 2025 e um rombo ainda maior em 2026: R$ 23 bilhões, segundo projeções internas.

O balanço divulgado na sexta-feira (28) revela que a empresa fechou os nove primeiros meses de 2025 com déficit de R$ 6 bilhões — bem acima dos R$ 4,36 bilhões registrados no semestre anterior.

Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que a situação real pode ser ainda mais grave. O órgão identificou que os Correios não registraram cerca de R$ 1 bilhão em perdas judiciais no balanço de 2023, o que distorceu o retrato financeiro da empresa.


Em busca de socorro: estatal tenta fechar empréstimo de R$ 20 bilhões

Para impedir o agravamento da crise, a direção da estatal negocia um empréstimo de R$ 20 bilhões, com aval do Tesouro Nacional. O acordo envolve bancos públicos e privados e deve ser concluído na próxima semana.

O plano prevê repasse dos recursos em fases, para evitar custos elevados com dinheiro parado — já que parte das verbas só será utilizada a partir de 2026. O contrato terá prazo de 15 anos, com início dos pagamentos apenas após um período de carência mínima de dois anos.


Reestruturação inclui demissão voluntária e fechamento de agências

O plano de recuperação dos Correios prevê:

  • saída voluntária de cerca de 10 mil funcionários;
  • fechamento de mil agências em todo o país;
  • corte de despesas operacionais e revisão de contratos.

A reestruturação ainda está em análise pela equipe econômica.


Haddad descarta privatização, apesar da crise

Mesmo diante da pior situação financeira em décadas, o governo Lula descarta a privatização dos Correios. Em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não existe debate interno sobre vender a estatal.

Segundo o ministro, os serviços postais são estratégicos para garantir atendimento nacional, especialmente em regiões onde empresas privadas não atuariam.

A Fazenda solicitou aos Correios projeções detalhadas e medidas concretas do plano de reestruturação. Só depois dessa análise o governo decidirá quais ações serão adotadas.

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