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terça-feira, 18 março, 2025
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Controle de preços e imposto são sinônimos de fracassos econômicos, diz Thais Herédia em sua análise

Por Alexandre Gomes

No menu do Palácio do Planalto apareceram medidas de controle de preços dos anos 80, quando o Brasil era um país sem moeda, sem capital e sem o agronegócio

Em pleno século XXI, ano de 2025, com economia digitalizada, forte pressão pela competitividade e necessidade de segurança para investimentos, o governo Lula discute medidas arcaicas para tentar baixar a inflação de alimentos, inimigo número um do terceiro mandato do petista.

No menu do Palácio do Planalto apareceram medidas de controle de preços dos anos 80, quando o Brasil era um país sem moeda, sem capital e sem o agronegócio, que hoje é o mais produtivo do mundo.

Lula poderia ligar para amiga de longa data, de quem foi apoiador declarado, a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner. Nos governos dela, a fórmula agora aventada pelo governo brasileiro foi um dos tantos equívocos da política excessivamente intervencionista dos mandatos da colega vizinha.

Além de consumir competitividade da agropecuária nacional e impor custos à produção com novo imposto, as ideias ultrapassadas que rondam o Planalto mandariam um sinal contundente para investidores e empresários: investir no Brasil é correr risco de presente e de futuro porque a regra básica de como a economia de mercado funciona pode mudar a qualquer momento.

Segundo fontes disseram a Daniel Rittner, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, avisou que pega seu banquinho e deixa o governo se as medidas heterodoxas prosperarem.

Há resistência também da pasta de Fernando Haddad e do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, onde está o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A inflação dos alimentos tem pressionado governos pelo mundo todo, se serve de consolo.

Mas um líder na produção de alimentos como Brasil abrir a fila com medidas ultrapassadas e ineficazes, revela despreparo e desespero para lidar com um problema que não tem solução fácil.

No caso brasileiro, a queda do dólar já ajudaria muito, descomprimindo efeito dos preços das commodities lá fora, que influenciam formação dos preços aqui dentro.

Para o dólar cair, precisamos da recuperação da confiança na condução da economia e da competência do governo federal para liderar o país de forma responsável e previsível.

Ao apostar no contrário, Lula não poderá colher nada diferente do que o fracasso.

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