Um integrante do conselho da mineradora brasileira Vale (VALE3.SA) renunciou na segunda-feira (11), alegando que sua decisão foi motivada pelo que descreveu como um processo de sucessão manipulado. Segundo a carta de renúncia vista pela Reuters na terça-feira (12), o conselheiro afirmou que o processo de seleção do novo CEO, foi conduzido de forma politicamente influenciada e prejudicial, mencionando vazamentos frequentes e tendenciosos para a imprensa, em violação à confidencialidade.
Na semana anterior, a Vale, uma das principais empresas de mineração de minério de ferro do mundo, prorrogou o mandato de seu CEO Eduardo Bartolomeo até o final do ano, em meio a relatos de interferência por parte do governo brasileiro na decisão, já que o presidente Lula tentou impor Guido Mantega como sucessor na presidência e sem sucesso, tentou colocá-lo no conselho.
Na carta endereçada ao presidente da Vale, José Luciano Duarte Penido, o conselheiro expressou sua preocupação com a evidente e prejudicial influência política no processo de seleção do novo CEO. A Vale anunciou na segunda-feira (11) a renúncia de Duarte Penido, sem fornecer detalhes adicionais.