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terça-feira, 1 outubro, 2024
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Colapso no varejo brasileiro: Mais de 750 lojas fechadas e milhares de demissões abalam o setor

Por Alexandre G.

Uma crise sem precedentes tem atingido em cheio os gigantes do varejo brasileiro, levando ao fechamento ou anúncio de encerramento de mais de 750 lojas em todo o país. Esse cenário sombrio afeta um grupo seleto do mercado nacional, incluindo empresas renomadas como Carrefour, Americanas, Dia, Marisa e Casas Bahia. Agravando a situação, estima-se que cerca de 35 mil trabalhadores serão impactados por essa onda de demissões em massa.

Recentemente, a Casas Bahia divulgou novos dados sobre os cortes, tanto em lojas quanto em pessoal, durante a apresentação do balanço do quarto trimestre de 2023. A empresa registrou um prejuízo de R$ 1 bilhão e anunciou o fechamento de 55 pontos de venda ao longo do ano passado, com 17 encerramentos apenas no último trimestre. Esse processo resultou na demissão de 8,6 mil funcionários entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023, sendo 2,6 mil cortes realizados no quarto trimestre de 2023.

Por sua vez, a Americanas, que entrou em recuperação judicial em janeiro de 2023 após a descoberta de uma fraude contábil de R$ 25,2 bilhões, fechou 152 lojas desde então. O número de trabalhadores contratados sob o regime CLT pela varejista diminuiu significativamente, passando de 43.123 em janeiro de 2023 para 32.248 no mesmo mês de 2024. Esse período conturbado resultou em 7.175 demissões.

Já o Dia, que recentemente entrou em recuperação judicial, planeja fechar 343 lojas do total de 587 pontos de vendas existentes em todo o país. Com foco principalmente na capital paulista, a empresa manterá apenas 244 estabelecimentos em São Paulo após a reestruturação, afetando cerca de 5,5 mil funcionários diretos, dos quais apenas 2 mil permanecerão em seus postos.

O Carrefour e a Marisa também enfrentam desafios semelhantes, mas ainda não divulgaram o total de demissões decorrentes do fechamento de lojas. No entanto, dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo sugerem que essas medidas podem resultar em até 12,5 mil cortes de empregos.

Diante desse panorama sombrio, o setor varejista brasileiro enfrenta uma série de dificuldades, incluindo os impactos da pandemia, o aumento da inflação e a restrição ao crédito com o aumento das taxas de juros. Além disso, o crescimento do modelo de atacarejo tem representado um desafio adicional para os supermercados tradicionais, contribuindo para o fechamento de um grande número de lojas.

Em meio a esse cenário desafiador, empresas como Carrefour e Americanas buscam estratégias de recuperação, incluindo o fechamento de lojas deficitárias e a abertura de novas unidades de atacado. No entanto, resta saber como o mercado se adaptará a essas mudanças e quais serão os próximos passos para o setor varejista brasileiro.

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