De acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (12), o volume de serviços no Brasil apresentou uma queda de 0,9% em fevereiro, após ter registrado um aumento de 0,7% em janeiro.
A pesquisa revelou ainda um crescimento de 2,5% em comparação com fevereiro de 2023. No acumulado do primeiro bimestre de 2024, o volume de serviços cresceu 3,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto nos últimos 12 meses, o crescimento foi de 2,2%.
Essa queda interrompeu uma sequência de três resultados positivos consecutivos do indicador, período em que acumulou um ganho de 1,5%. As expectativas do consenso LSEG previam um aumento de 0,2% em fevereiro em relação a janeiro e um crescimento de 4,5% na comparação com o mesmo período de 2023.
Quatro das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram desempenho negativo no mês: serviços profissionais, administrativos e complementares recuaram 1,9%, enquanto o setor de informação e comunicação encolheu 1,5%. Os demais setores com queda em fevereiro foram transportes (-0,9%) e outros serviços (-1,0%).
Apenas as atividades de serviços prestados às famílias registraram uma variação positiva de 0,4%, o que não compensa a queda de 2,9% registrada em janeiro.
Segundo Luiz Almeida, analista da pesquisa, houve um movimento de compensação em fevereiro após meses de alta. No caso dos serviços profissionais, administrativos e complementares, o crescimento em janeiro foi impulsionado pelo pagamento de precatórios, que influenciou nas atividades jurídicas.
No setor de informação e comunicação, as principais influências negativas vieram de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, além de edição integrada à impressão de livros. O fim da preparação para o início do ano letivo também contribuiu para o arrefecimento do mercado.
No setor de turismo, o índice de atividades turísticas registrou uma queda de 0,8% em fevereiro, enquanto o volume de transporte de passageiros teve um acréscimo de 0,1% em relação a janeiro. Já o transporte de cargas apresentou uma queda de 1,4% após o avanço de 0,8% em janeiro.