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domingo, 6 outubro, 2024
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China lidera mudança: Arábia Saudita a caminho de romper com dólar em transações de petróleo

Por Marina B.

A Arábia Saudita avança na agenda de desvinculação das vendas de petróleo do dólar dos EUA. No início de junho, seu banco central tornou-se membro pleno do Projeto mBridge, um experimento liderado pela China com moedas digitais de bancos centrais.

Esse movimento representa um passo significativo na direção de se distanciar do dólar, conforme o país expressa seu desejo de abandonar o acordo que tornou o dólar a moeda oficial nas transações de petróleo. Relatórios indicam que a Arábia Saudita não vê mais vantagens na política dos “petrodólares”.

Iniciado em 2021 pelo BIS em parceria com bancos centrais da China, Hong Kong, Tailândia e Emirados Árabes Unidos, o Projeto mBridge visa testar moedas digitais para facilitar o comércio transfronteiriço instantâneo. A adesão da Arábia Saudita amplia as opções de pagamento para sua principal commodity, o petróleo.

Durante meio século, as transações de petróleo saudita foram denominadas em dólares, fortalecendo a hegemonia do dólar e aumentando a demanda global por essa moeda. Com o avanço do Projeto mBridge, essas transações poderão ser realizadas em moedas digitais, potencializando a China como principal beneficiária.

A China tem crescido em influência na Arábia Saudita e tem sido eficaz em desvincular o petróleo do dólar norte-americano. Como maior comprador de petróleo saudita, a China desempenhou um papel crucial ao convidar a Arábia para se juntar aos Brics no ano passado.

O Projeto mBridge atingiu recentemente a fase de MVP (Produto Mínimo Viável), permitindo que empresas financeiras apresentem propostas para o desenvolvimento da plataforma. A implementação envolve o uso do blockchain mBridge Ledger para suportar pagamentos em tempo real e transfronteiriços, incluindo transações cambiais.

Além dos seis membros permanentes, o Projeto mBridge conta com 27 entidades observadoras, como o FMI, Banco Mundial, Reserva Federal de Nova York e vários bancos centrais, que monitoram o desenvolvimento da tecnologia por meio de um modelo de teste disponível.

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