A China confirmou que o presidente Xi Jinping se reunirá com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quinta-feira na Coreia do Sul, em um encontro amplamente esperado que operadores e investidores de ambos os lados do Pacífico esperam que alivie meses de tensões comerciais.
“Os dois chefes de Estado vão discutir em profundidade questões estratégicas e de longo prazo nas relações bilaterais”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores nesta quarta-feira, sem fazer referência direta ao acordo comercial que os líderes das duas maiores economias do mundo devem abordar na cidade portuária de Busan.
“Estamos dispostos a fazer esforços conjuntos com os Estados Unidos para promover os resultados positivos dessa reunião e fornecer uma nova orientação e impulso para o desenvolvimento constante das relações entre a China e os EUA”, acrescentou Guo Jiakun.
Trump disse mais cedo nesta quarta-feira que ele e o presidente Xi vão conseguir “um bom acordo” para os dois países, a bordo do avião presidencial Força Aérea Um a caminho da Coreia do Sul.
As expectativas de que Trump e Xi se reuniriam ajudaram a estabilizar os mercados no último mês, depois que as tensões renovadas aumentaram os temores de que os dois líderes pudessem se afastar das negociações com o objetivo de resolver uma guerra tarifária que abalou as cadeias globais de oferta.
Washington atribuiu a escalada da guerra comercial aos novos controles de exportação de terras raras de Pequim, enquanto a China sustenta que ela decorreu do fato de os EUA limitarem ainda mais a capacidade das empresas chinesas de investir nos Estados Unidos.
Xi estará na Coreia do Sul de quinta-feira a sábado para a reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico e uma visita de Estado ao país. Trump não participará da reunião de cúpula regional.
Washington e Pequim também estão em desacordo sobre os fluxos de fentanil, chips de alta qualidade, controles de terras raras e soja.