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quarta-feira, 16 julho, 2025
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Câmara Americana de Comércio pede esforço diplomático para evitar escalada tarifária

Por Alexandre Gomes

Segundo a Amcham Brasil, que reúne mais de 3.500 empresas, a nova tarifa dos EUA pode gerar sérios impactos

Empresas brasileiras e americanas expressam inquietação diante da decisão dos Estados Unidos de estabelecer uma tarifa de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil ao território norte-americano, conforme anunciado na quarta-feira 9.

A medida, que deve entrar em vigor em 1º de agosto, levou a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) a pedir diálogo urgente entre os governos.

Em comunicado, a Amcham Brasil, que reúne mais de 3.500 companhias com operações nos dois países, avaliou que a nova tarifa pode gerar sérios impactos em empregos, produção, investimentos e cadeias produtivas conectadas entre Brasil e Estados Unidos.

A entidade ressaltou seu papel, há mais de cem anos, de fortalecer as relações econômicas bilaterais.

Relação bilateral e impacto econômico da tarifa

O texto da Amcham Brasil enfatiza que a parceria comercial entre as duas nações é baseada em confiança e respeito mútuos, além de ser complementar, proporcionando ganhos para ambos os lados.

A entidade também lembrou que, nos últimos 15 anos, o saldo comercial favoreceu os EUA, alcançando US$ 29,2 bilhões em 2024, conforme dados oficiais do próprio governo americano.

“Os resultados do primeiro semestre evidenciam a relevância do comércio bilateral para ambas as economias e reforçam a necessidade de buscar uma solução equilibrada e pragmática diante da escalada tarifária prevista para o curto prazo”, afirma Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.

Amcham diz que tarifas em vigor já impactam setores estratégicos

Apesar do desempenho geral positivo das exportações brasileiras no primeiro semestre, setores estratégicos já começam a apresentar retração nas vendas aos Estados Unidos, segundo a Amcham, como consequência direta das tarifas atualmente em vigor.

Dentre os 10 principais produtos que tiveram queda nas exportações, oito deles estão sujeitos a aumentos tarifários, como celulose (-14,9%), motores (-7,6%), máquinas e equipamentos (-23,6%), manufaturas de madeira (-14,0%) e autopeças (-5,6%).

“Estamos diante de um grave cenário que pode inviabilizar boa parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos, sobretudo de bens industriais, com prejuízos para ambas as economias”, disse Abrão Neto. “O caminho deve ser o entendimento, que sempre caracterizou as relações entre Brasil e Estados Unidos.”

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