Banco abandonou função de agente depositário do caso de compra da Eldorado Celulose
O Itaú justificou que o contexto “amplamente litigioso” motivou a decisão de devolver à Paper Excellence cerca de 9 bilhões de reais depositados em um fundo de investimento para a conclusão da venda da Eldorado Celulose pelo Grupo J&F. O processo se arrasta desde 2017. Além da devolução do valor custodiado, o banco também devolveu ao grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista o livro de ações da Eldorado do qual tinha posse. “Os desenvolvimentos recentes sujeitos ao Itaú a um contexto amplamente litigioso, tendo que interpretar decisões judiciais complexas, e sem perspectiva de prazo para o encerramento do litígio”, diz o banco, em nota.
Leia a íntegra do posicionamento:
O Itaú ressalta que os termos contratuais foram cumpridos à risco até o último instante, e que se mantiveram sempre neutros em relação a ambas as partes. O banco esclarece que, quando as entregas com o contrato, tinham por premissa que a decisão arbitral final sairia até 2021 e seria cumprida pelas partes. Os desenvolvimentos recentes mudaram esse cenário, sujeitando o Itaú a um contexto amplamente litigioso, tendo que interpretar decisões judiciais complexas, e sem perspectiva de prazo para o encerramento do litígio. Esse novo cenário colocou o banco em uma posição com a qual nunca compradores, sendo esse o motivo da renúncia ao contrato. Com relação ao termo do contrato em 13/09, essa data foi expressamente reconhecida pela Paper Excellence em manifestação ao tribunal arbitral, sem que houvesse discordância da J&F, e por isso foi adotada como dados finais dos serviços.