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segunda-feira, 13 outubro, 2025
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Brasil vê com pessimismo chance de avanços em declaração de líderes no G20

Por Alexandre Gomes

Segundo diplomatas, o principal motivo é oposição dos EUA ao que vem sendo a agenda do grupo; Trump sinaliza “guinada” para 2026

A diplomacia brasileira vê com pessimismo as chances de o G20, sob presidência da África do Sul em 2025, acordar uma Declaração de Líderes que represente avanços no que vem sendo a agenda do grupo no período recente. A cúpula entre chefes de Estado deste ano está marcada para novembro.

O principal motivo para o pessimismo, segundo fontes da diplomacia próximas ao tema, é a oposição do governo dos Estados Unidos sob Donald Trump a esta agenda, que contém temas como combate à mudança climática, igualdade de gênero e distribuição de renda.

No G20 do Brasil, o presidente da Argentina, Javier Milei, se opôs a estes itens, mas não melou a declaração — na avaliação destas fontes — por falta de peso político. O texto assinado no Rio de Janeiro destacou compromissos climáticos e até citou a taxação de super-ricos. O republicano leva a oposição a outro patamar, todavia.

Segundo diplomatas, ainda não está claro se Trump irá à Cúpula ou optará por “esvaziá-la”. Para ambos os casos, a percepção é de que as chances de consenso em uma declaração são baixas: primeiro porque o republicano não cederá neste tipo de assunto; e segundo, pois os demais países não aceitariam um texto mais “aguado” que aquele assinado na capital fluminense.

Nos encontros do G20 em 2025, de acordo com relatos feitos à CNN, os norte-americanos vêm sinalizando desejo de que o grupo tenha uma “guinada”.

Os Estados Unidos exercerão a presidência em 2026 e querem que a organização volte a ser, como em seu início, um mecanismo de cooperação econômica e financeira e deixe de lado temas políticos e sociais.

Durante uma reunião de autoridades do bloco realizada no fim de setembro às margens da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, a representante americana, Allison Hooker, deixou claro que Trump pretende retirar da agenda do G20 todos os temas considerados “secundários” para Washington.

Segundo Hooker, o G20 “precisa voltar às suas origens”, quando era um fórum limitado a ministros da Fazenda, criado em 1999 para discutir as crises financeiras internacionais.

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