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domingo, 24 novembro, 2024
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Bill Ackman planeja tirar negócios de Amsterdã após ataques a torcedores israelenses

Por Alexandre Gomes

Executivo afirma que mudar a Pershing Square economizaria dinheiro e melhoraria a liquidez para seus acionistas

O gestor bilionário de fundos Bill Ackman planeja que a Pershing Square Holdings e a Universal Music Group saiam da Euronext Amsterdam — principal bolsa de valores dos Países Baixos — após os ataques a torcedores de futebol israelenses na capital holandesa.

“Concentrar a listagem em uma bolsa (Bolsa de Valores de Londres) e deixar uma jurisdição que falha em proteger seus turistas e populações minoritárias combinam bons princípios comerciais e morais”, escreveu Ackman no X, anteriormente conhecido como Twitter, onde tem 1,5 milhão de seguidores.

Ele escreveu que buscaria aprovação do conselho da Pershing Square para a mudança.

Torcedores israelenses foram espancados e feridos em confrontos violentos em Amsterdã após o jogo da Liga Europa na última quinta-feira (7) à noite entre o Maccabi Tel Aviv de Israel e o time holandês Ajax.

Autoridades de Amsterdã disseram na manhã da sexta-feira (8) que cinco torcedores de futebol israelenses feridos já receberam alta do hospital e que entre 20 e 30 pessoas ficaram levemente feridas.

No total, 63 indivíduos foram presos e 10 permanecem sob custódia, disse a polícia.

Ackman, CEO da Pershing Square Capital Management, disse que a medida já estava sendo considerada antes dos ataques, já que suas negociações estão quase inteiramente representadas na bolsa de valores de Londres. Ele escreveu que a Pershing Square será negociada inteiramente na LSE.

Na postagem, o executivo afirma que mudar a Pershing Square economizaria dinheiro e melhoraria a liquidez para seus acionistas.

A mudança para o Universal Music Group, onde Ackman é membro do conselho, também foi influenciada pelos ataques em Amsterdã. Ele escreveu que a Pershing Square tem direitos contratuais para ajudar a mover o Universal Music Group de sua sede e da bolsa de valores em Amsterdã.

Ackman disse ainda que a Universal Music é negociada com grande desconto porque sua listagem primária não é na bolsa de valores de Nova York ou na Nasdaq, e não é elegível para o S&P 500 e outros índices.

“Exerceremos esse direito e conseguiremos uma listagem nos EUA para a UMG no máximo no ano que vem”, postou Ackman no X.

Mas o porta-voz da Universal Music disse à CNN em um e-mail no sábado (9) que “Pershing não tem nenhum direito de exigir que a UMG se torne uma empresa domiciliada nos EUA ou saia da Euronext Amsterdam”.

O executivo disse que a Universal Music e os outros membros do conselho não estavam envolvidos na publicação de Ackman sobre X. A empresa cumprirá suas obrigações contratuais, acrescentou o porta-voz, mas quaisquer decisões serão tomadas com base na maximização do valor e nos melhores interesses dos acionistas.

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