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terça-feira, 1 outubro, 2024
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BC reduz taxa selic para 10,75% ao ano: Sexto corte consecutivo em resposta à inflação crescente

Por Marina B.

Em uma decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), cortou os juros básicos da economia brasileira para 10,75% ao ano. Esta é a sexta redução consecutiva e reflete a estratégia do BC para lidar com os movimentos dos preços. A mudança era amplamente esperada pelos analistas financeiros.

A taxa agora está no menor patamar desde março de 2022, quando também estava em 10,75% ao ano. Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas em resposta à escalada dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Esse ciclo de aperto monetário foi seguido por um ano em que a taxa permaneceu em 13,75% ao ano, mantida estável por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, o nível mais baixo registrado desde 1986. Essa redução foi uma resposta à contração econômica provocada pela pandemia de covid-19, com o objetivo de estimular a produção e o consumo. A taxa permaneceu neste patamar mínimo entre agosto de 2020 e março de 2021.

A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, o IPCA ficou em 0,83%, acumulando 4,5% nos últimos 12 meses. Após várias quedas nos últimos meses, a inflação voltou a subir ligeiramente devido aos aumentos nos preços de alimentos e serviços de educação.

O índice em 12 meses está no limite superior da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2024, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não pode ultrapassar 4,5% nem cair abaixo de 1,5% este ano.

A redução da taxa Selic ajuda a impulsionar a economia, uma vez que juros mais baixos tornam o crédito mais acessível e incentivam a produção e o consumo. No entanto, taxas de juros mais baixas também dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o BC reduziu sua projeção de crescimento para a economia em 2024 para 1,7%.

Apesar disso, o mercado tem uma visão um pouco mais otimista, com os analistas econômicos prevendo uma expansão de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, segundo o boletim Focus divulgado pelo BC. A taxa básica de juros é utilizada em negociações de títulos públicos e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

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