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quarta-feira, 26 novembro, 2025
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Arrecadação federal bate recorde e alcança R$ 261,9 bi em outubro

Por Alexandre Gomes

Alta de 0,92% é a maior para o mês desde o início da série histórica, em 1995

A arrecadação federal fechou outubro em R$ 261,9 bilhões, maior valor já registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995. Em termos reais, a alta foi de 0,92% ante outubro de 2024. É o terceiro mês seguido de crescimento, segundo a Receita Federal.

De janeiro a outubro, a arrecadação totalizou R$ 2,39 trilhões (corrigido pelo IPCA), avanço real de 3,2% na comparação anual. Em termos nominais, o resultado acumulado é de R$ 2,37 trilhões.

A receita administrada pelo Fisco atingiu R$ 246,9 bilhões no mês, alta real de 4,74%, enquanto as receitas de outros órgãos somaram R$ 14,9 bilhões, queda real de 37%.

Tributos com maior avanço na arrecadação federal

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) liderou o crescimento: R$ 8,14 bilhões em outubro, alta real de 38,8%, refletindo ajustes do Decreto 12.499/2025. No ano, o tributo já arrecadou R$ 68,8 bilhões, 17,9% acima de 2024.

O Imposto de Renda Retido na Fonte-Capital registrou R$ 11,5 bilhões, com aumento real de 28%, puxado por renda fixa, fundos e juros sobre capital próprio. Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido somaram R$ 63,3 bilhões, crescimento real de 5,5%, impulsionado por lucro presumido e declarações de ajuste.

Cofins recuou 0,07%, enquanto o PIS/Pasep subiu 0,08%. O Imposto de Renda de Pessoa Física arrecadou R$ 5,2 bilhões (alta real de 2,2%). A receita previdenciária fechou outubro em R$ 58,3 bilhões, alta real de 2,9%, beneficiada pelo aumento da massa salarial e do emprego formal.

Acumulado de 2025

De janeiro a outubro, destaque para:

– IOF: +17,78%;

– Receitas previdenciárias: +3,13%;

– Cofins/PIS-Pasep: +2,75%.

O desempenho é explicado pelo mercado de trabalho, por mudanças legais de 2024 e pela base de comparação, afetada por eventos extraordinários.

Contexto fiscal

O resultado reforça a estratégia do governo Luiz Inácio Lula da Silva para buscar déficit zero em 2025, dentro da margem de tolerância de 0,25% do PIB prevista no arcabouço fiscal. Técnicos da Receita afirmam que alterações legislativas e distorções anteriores ainda influenciam o comportamento das receitas.

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