Após a conclusão do processo de privatização da Sabesp na última terça-feira, 23, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), destacou que há oportunidades para avançar com a privatização de outras estatais, tanto em São Paulo quanto no Brasil.
Comentando sobre a possível privatização da Petrobras e do Banco do Brasil, o governador afirmou que “não podemos depender exclusivamente do nosso espaço fiscal para atrair investimentos”.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é contrário às privatizações e, desde o início de seu mandato, revogou o plano de desestatização da gestão anterior de Jair Bolsonaro, que incluía a privatização dos Correios e da Petrobras.
Tarcísio observou que o Poder Executivo atualmente tem aprimorado a modelagem e a estruturação de projetos, o que pode aumentar o potencial de investimentos e incluir medidas para evitar problemas semelhantes aos enfrentados no setor de energia. “Os contratos e a regulação do setor de energia são muito antigos”, comentou em entrevista à GloboNews na quarta-feira, 24.
“Isso é o que o capital privado oferece e ainda há muito espaço para aproveitar essa mobilização de recursos que o setor privado pode proporcionar. Se estruturarmos bem os riscos, acredito que há um grande potencial para crescimento do Brasil nesse segmento”, acrescentou o governador.
Privatizações Planejadas
Além da Sabesp, o governo de São Paulo pretende privatizar outras 14 entidades e serviços, abrangendo diversas áreas. Entre os projetos estão a adequação e manutenção de escolas estaduais, a criação de um polo administrativo no centro de São Paulo e a reconfiguração de espaços esportivos e culturais.
O Estado também planeja avançar com concessões para linhas de mobilidade urbana, rodovias e serviços de transporte intermunicipal, além de serviços lotéricos e gestão de serviços hídricos.
Em relação à privatização da Sabesp, Tarcísio reiterou que o objetivo é assegurar a universalização do saneamento, com oferta de água tratada para 99% da população e coleta e tratamento de esgoto para 90% até 2033. Além disso, houve uma redução nas tarifas.
O governador também ressaltou que a companhia continuará operando o saneamento, com mecanismos para incentivar investimentos. “É a primeira vez que o Estado devolve ao cidadão a rentabilidade da empresa pública”, concluiu.