O governo Lula agora enfrenta mais uma crise que expõe a falta de planejamento e controle sobre o uso de recursos públicos. Após a revelação de que beneficiários do Bolsa Família gastaram cerca de R$ 3 bilhões em apostas online em apenas um mês, a administração petista se apressa em estudar medidas para proibir o uso do cartão do benefício nesses jogos. A proposta surge tarde, evidenciando a falha do governo em antecipar e evitar que recursos destinados à alimentação e necessidades básicas fossem desviados para o jogo.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, confirmou que o governo está avaliando incluir uma regra que proíba completamente o uso do cartão de benefícios sociais em apostas, utilizando o CPF dos apostadores como mecanismo de controle. Essa medida, embora necessária, parece ser mais uma reação apressada a um problema que cresceu sem supervisão adequada. O governo tenta agora apresentar soluções para uma questão que ele mesmo deixou prosperar.
As plataformas de apostas, que já movimentam bilhões no Brasil, foram “legalizadas” em 2018, mas a regulamentação, que deveria ter sido implementada em dois anos, segue sem acontecer. No governo Lula, o avanço nesse sentido tem sido marcado por hesitação e falta de clareza. Enquanto isso, beneficiários de programas sociais continuam expostos a um cenário de descontrole, que pode piorar o endividamento das camadas mais pobres da população.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que o governo estuda formas de rastrear e conter o problema, incluindo mecanismos para identificar jogadores compulsivos. Contudo, a proposta de Haddad de monitorar os apostadores por CPF soa insuficiente diante da magnitude do problema. Mais uma vez, o governo Lula parece estar correndo atrás do prejuízo, sem uma estratégia preventiva e eficiente para lidar com o uso irresponsável de recursos que deveriam ser destinados a suprir necessidades básicas.
O descontrole sobre o uso do Bolsa Família nas apostas é apenas mais um exemplo de uma administração que falha em proteger os mais vulneráveis. E enquanto o governo tenta reparar sua imagem com medidas que deveriam ter sido tomadas há muito tempo, os prejuízos já se acumulam. Como publicado pelo Estadão, o episódio é mais um reflexo da desorganização e da falta de atenção da gestão petista.